Consultório de protocolo: erro no logótipo

Opinião

23-09-2025

# tags: Protocolo , Eventos

As especialistas de protocolo, Cristina Fernandes e Susana de Salazar Casanova, respondem às perguntas dos leitores, desta vez sobre um erro no logótipo.

Pergunta: O que fazer quando, por erro ou por ausência de informação atempada, um logótipo institucional é exibido incorretamente num evento de alto nível? Qual a melhor abordagem?

Resposta: Quando um logótipo institucional é exibido de forma incorreta num evento de alto nível (seja por erro técnico, ausência de informação atempada ou falha de comunicação) a situação deve ser gerida com o maior grau de profissionalismo, discrição e sentido de oportunidade.

A imagem institucional é um dos pilares da representação simbólica de uma entidade, e qualquer distorção pode afetar negativamente a perceção de legitimidade, autoridade ou respeito da instituição em causa.

Se o erro for detetado durante o evento, deve ser feita uma análise imediata para perceber a extensão do problema (por exemplo: o logótipo está desatualizado? Foi utilizado o símbolo de uma entidade errada? Está distorcido ou em baixa resolução?). Proceda-se a esta avaliação com discrição, sem alarmar os presentes e, sobretudo, sem chamar a atenção para uma questão que, no imediato, não tem solução.

Se for tecnicamente viável e não causar mais perturbações (por exemplo, em apresentações projetadas ou painéis digitais), o logótipo deve ser substituído de forma silenciosa e célere. Salvo se o erro for de tal magnitude que exija um pedido formal de desculpas, é prudente evitar referi-lo durante o evento.

Após o evento, é fundamental contactar diretamente o representante da instituição lesada, assim que possível. Esta comunicação deve ser feita através de uma abordagem formal, com um pedido de desculpas explícito, assumindo responsabilidade pelo erro, sem atribuir culpas a terceiros.

Uma vez mais, preconizamos que o sucesso de um evento em termos organizacionais depende do planeamento, da organização e da implementação.


© Cristina Fernandes e Susana Casanova Opinião