Seaventy reúne parceiros no Ópera
30-05-2025
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A Seaventy reuniu os seus parceiros numa festa com temática dedicada ao apagão de abril, que culminou numa festa dos seus 11 anos de operação.
À chegada ao Cais Rocha Conde de Óbidos, fomos recebidos com um apito e um saco de boas-vindas, que continha uma lata de atum e um pequeno garfo em madeira, e avisaram-nos, 'sempre que vivam um bom momento apitem'.
A meio da viagem surgiu um 'imprevisto' muito planeado, um apagão em alto mar, ou alto Tejo, com vista para Lisboa e no maior dos confortos, visto que à lata de atum foram sendo acrescentadas outras opções do repertório do parceiro de catering da Seaventy, a Horas Felizes Eventos, que trouxe ostras, camarões ao alho, canapés diversos, mini hambúrgueres e até sorvetes, e ainda uma seleção de vinhos e bebidas.
Seguiu-se a animação musical, com a banda parceira da empresa, a dupla Sons de Prata, que, com o metal do saxofone e o afinamento das cordas vocais dos dois elementos, atuaram no convés. Mas a música e a animação não ficaram por aqui e a Rita e a Bu, da Of Produções, combinaram música e animação para todos.
No interior do Ópera, encontravam-se mesas com diferentes disposições, ilustrativas das diferentes formas de servir nos eventos. No final, e com um toque de humor, nem o papel higiénico faltou, com cada um dos participantes a levar um rolo para casa, numa referência à histeria que se verificou em relação a este produto durante o apagão.
Esta foi a forma de a Seaventy reunir os seus parceiros num convívio temático descontraído e, ao mesmo tempo, dar a conhecer um pouco da sua oferta de serviços. O evento culminou na celebração surpresa dos 11 anos da Seaventy.
O diretor-geral da Seaventy, Bernardo Castro, reuniu com a imprensa durante o evento e explicou que "esta ideia veio do apagão", ressalvando que, "de facto, o apagão teve coisas chatas e limitadoras do dia-a-dia normal, mas teve coisas muito boas: as pessoas irem para a rua, conversarem, pais estarem com os filhos, estarem presentes mesmo, largarem os telemóveis porque não havia notificações".
"E é isto que fazemos nos nossos eventos, as pessoas não estão preocupadas com nada, estão preocupadas apenas em desfrutar da companhia uns dos outros." O evento contou com cerca de 120 pessoas, entre parceiros, equipa e imprensa, a bordo do Ópera, navio que fez um pequeno itinerário no Tejo, proporcionando vista para Lisboa e Margem Sul.
Em 2025, a Seaventy está com +30% de faturação, "mesmo com o bom tempo tardio", acrescentou Bernardo Castro, que explica que "os eventos em barcos ainda estão associados a bom tempo".
Em relação a esta situação da meteorologia, o diretor explicou que a Seaventy apenas opera "não só com capacidade exterior, mas especialmente interior, para qualquer imprevisto meteorológico, porque hoje em dia sabemos que os fenómenos extremos estão a acontecer com mais frequência".
"Só organizamos em barcos que tenham sempre plano B, por exemplo: são 100 pessoas, nós não vamos para um barco que tenha lotação máxima para 100 pessoas, nós vamos para um barco que tenha capacidade para as 100 pessoas se divertirem caso [o tempo] esteja menos agradável, se estiver bom tempo: bónus!"
Apesar de esta filosofia aumentar o preço do evento, por não operarem em lotação esgotada, diminui o impacto dos imprevistos, "garante-nos uma segurança a nós e aos clientes".
No início da empresa que já conta 11 anos, relembra Bernardo, havia uma perspetiva diferente, de adaptação, o que podia resultar na necessidade de improvisar um plano B, ou C, caso fossem encontrados imprevistos. A empresa contava com 12 navios e operava no país inteiro.
Atualmente, operam à saída de Lisboa e Cascais com cinco parceiros que fornecem as embarcações que são suficientes para cerca de 90% dos pedidos, e cujo serviço é complementado com os parceiros do catering, da animação, música, entre outros que sejam requisitados ou necessários.
Bernardo afirma que há "uma roda muito bem montada entre estes cinco navios, o nosso parceiro de catering, com o nosso parceiro de animação, e é uma coisa que está muito bem rotinada".
Em relação a mercados, Bernardo Castro afirmou que "este ano as agências estão fortíssimas", sendo que a cada ano a quota de clientes de agência aumenta, situando-se agora nos 60%.
Estes clientes de agência são em larga maioria estrangeiros, devido à política de promoção da companhia, que não tem o hábito de participar em feiras e eventos no exterior. Os clientes diretos, que têm uma quota de 40%, por sua vez, são na larga maioria portugueses.
E no que concerne ao tipo de eventos, a empresa tem aumentado a média do número de pessoas por evento, "se há 11 anos era 20-30 pessoas, hoje em dia é 100-150 pessoas, a média por evento".
"Nessa gama de eventos temos três navios que acabam por solucionar todos esses eventos, um deles é o Ópera", indicou o diretor.
A empresa deixou de 'ir atrás do preço', "temos sido cada vez menos flexíveis, tem sido uma mudança de mentalidade da nossa empresa", explicou Bernardo Castro, acrescentando que a Seaventy se concentra naquilo que é especializada.
Se o cliente quiser algo que a Seaventy não faça, a empresa direciona para outro parceiro, "as agências valorizam muito isso, a primeira empresa que contactam quando têm alguma coisa de barcos é a Seaventy, e a maior parte das vezes não somos nós a organizar o evento, querem um team building, um evento para 20-30 pessoas, um iate para dez pessoas, encaminhamos para o parceiro certo".
Bernardo Castro ressalva que, "dentro daquilo que é a nossa especialidade, nós somos muito flexíveis, agora quando digo que temos de ser menos flexíveis é em algumas cedências que dantes fazíamos e que comprometem toda a experiência".
"Num evento de mais de 40 pessoas acabamos por dar resposta a quase tudo, em casamentos há com cada pedido... e nós dizemos que sim".
Para o futuro, a aposta passa pela inteligência artificial, "temos uma pessoa dedicada a 100% a estudar aplicações de inteligência artificial no nosso mercado, queremos estar na crista da onda".
"É a vantagem de não termos barcos, quando nós temos barcos, e já tivemos, estamos muito focados na operação" que não pode ter nada substituído por inteligência artificial. "Estamos aqui a ponderar investir a fundo e aí podemos fazer um modelo de negócio, aproveitar a experiência que a Seaventy tem em Lisboa para expandir rapidamente para o país inteiro".
O diretor vai mais longe e indica que "nós, como agência, temos um potencial de crescimento gigantesco, conseguimos duplicar o nosso volume de negócios com a mesma equipa, cada um dos membros da minha equipa consegue ter uma equipa de agentes de IA a trabalhar para si, e estamos aqui com perspetivas muito interessantes", afirmou, oferecendo exemplos, "desde o apoio ao cliente, que no site pode ser todo IA, podemos ter vendas todas feitas com IA, podemos ter relação com os parceiros, com [fornecimento de] informações, tudo automatizado".
João Canto