Esta Casa não é só de Vinho Verde

09-11-2017

O palacete Silva Monteiro, na Rua da Restauração, no Porto, oferece um “oásis de tranquilidade” para eventos, dentro de uma cidade cada vez mais agitada.

O palacete onde funciona a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) é um bom refúgio da agitação que cada vez mais é a marca do Porto. A Casa data de meados do século XIX, altura em que foi considerada a mais luxuosa da cidade, quando o conde Silva Monteiro a mandou construir e é uma porta para um passado não muito distante, em que a Invicta enriqueceu com o dinheiro do Brasil.

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Manuel Pinheiro, presidente da Comissão Executiva da CVRVV contou à Event Point que a Casa do Vinho Verde começou a ter as actuais funções nos anos 40, quando passou a ser uma “zona de trabalho”. À medida que os anos foram passando, o pessoal foi sendo transferido para um edifício ao lado, o que libertou a Casa para outras funções, aproveitando a localização, os espaços e a ligação ao jardim, com uma vista privilegiada sobre o rio Douro. “Mais recentemente, com uma equipa mais profissional, acolhemos eventos, quer sejam de famílias, quer sejam de empresas. E sobretudo nos últimos dois anos temos avançado [com a estratégia]. É uma experiência boa que se integra naquilo que tem sido o desenvolvimento do Porto”, referiu Manuel Pinheiro.

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Para o futuro, o objectivo é continuar a apostar neste sector, sobretudo depois de ser levada a cabo a reabilitação de algumas áreas da Casa, na qual o passar do tempo já deixou a sua marca. Manuel Pinheiro realçou que um dos argumentos que atraem grupos para o espaço é “o facto de a casa conseguir estar dentro do Porto, mas num sitio sereno, e ter estacionamento”. O palacete tem seis espaços disponíveis, incluindo a biblioteca e um salão nobre. “Podemos fazer reuniões, na sala de assembleia-geral, colocámos plateias e mesas de reuniões e depois temos o equipamento normal. Isso ajuda a dar flexibilidade aos espaços e conseguimos ter a casa a funcionar com convidados cá”, referiu o presidente da CVRVV.

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O negócio ainda pesa pouco para a entidade, apesar de a Casa contar com uma ocupação de 70%. A comissão tem como principal actividade a certificação de Vinho Verde, com uma facturação anual da ordem dos seis milhões de euros. A aposta nos eventos é sobretudo uma questão de imagem. “Ter um congresso de 50 ou 70 pessoas, que se lembram que aqui estiveram, faz com que tenhamos embaixadores em todo o mundo”, garantiu Manuel Pinheiro. A promoção tem assentado no “boca-a-boca” e o presidente da CVRVV acredita que, neste momento, isso é suficiente.


Espaços:

Biblioteca: capacidade 8 pessoas

Sala Vermelha: capacidade 20 pessoas

Salão Nobre: capacidade 80 a 90 pessoas

Sala Dourada: capacidade 8 pessoas

Sala Árabe: capacidade 4 pessoas

Salão de Baile: capacidade 80 pessoas