Climate Partner: estratégias para tornar os eventos mais ‘verdes’

07-09-2022

# tags: Eventos , Conventa , Dicas , Sustentabilidade

Na Conventa 2022, a Climate Partner apresentou uma estratégia de ação para eventos mais amigos do ambiente.

Na sessão ‘Climate Action for Events’, a Climate Partner apresentou uma estratégia de ação climática, no sentido de tornar os eventos mais ‘verdes’, reduzindo e compensando as suas emissões de carbono. A ideia é começar por medir a pegada de carbono da organização e do evento e seguir depois um plano de redução e de compensação com um projeto certificado, de forma a equilibrar a pegada de CO2.

É importante então começar por medir a pegada de carbono da empresa, porque essa é a base da gestão das emissões. A partir dos resultados, vai ser possível estabelecer metas para a redução do impacto climático da empresa e definir um plano de ação, frisa a Climate Partner, que disponibiliza estes serviços.

Não é a primeira vez que a Conventa se afirma como um evento que defende a sustentabilidade e que pretende ser o mais amigo do ambiente possível. E, este ano, a Conventa vai medir a sua pegada ecológica, em parceria com a Climate Partner. E este é o passo que se segue: medir a pegada de carbono dos eventos.

A pegada dos eventos prende-se com diversos fatores, como a mobilidade (as viagens de avião são um fator crítico), o evento propriamente dito (escolher o venue certo é importante, por exemplo), o alojamento (os hotéis devem ter políticas sustentáveis), o catering, o transporte e a logística, a questão dos resíduos… Ou seja, os diferentes fatores que compõem um evento interferem no impacto ambiental.

Depois de identificada a pegada, a palavra de ordem é reduzir. E há várias formas de reduzir as emissões. Algumas das propostas passam pela redução no formato do evento (formatos híbridos permitem encontros pessoais e participação digital), na questão da mobilidade (com a integração de bilhetes de transportes públicos e a sensibilização dos participantes para evitarem viagens aéreas, por exemplo), no fator alojamento (efetuar reservas em alojamentos sustentáveis e certificados em termos climáticos, com uma deslocação o mais curta possível até ao venue do evento), relativamente ao local do evento (selecionar um local de evento com eficiência energética, operado com eletricidade verde e bem conectado ao transporte público), no catering (definir, por defeito, pratos regionais, vegetarianos e veganos) e na gestão de resíduos (selecionar e comprar materiais reutilizáveis e recicláveis).

O passo seguinte prende-se com uma compensação responsável, ou seja, com a implementação de um projeto de compensação de carbono, de forma a mitigar as emissões do evento. E, por fim, a Climate Partner defende a comunicação da ação climática, de forma clara, transparente e credível. A comunicação, interna e externa, sobre as medidas que estão a ser levadas a cabo para medir, reduzir e compensar as emissões é importante e pode passar por relatórios para investigadores ou por comunicados à imprensa.

A Climate Partner acredita que a indústria dos eventos tem a força necessária para mudar o que é necessário e para inspirar os outros.

*A jornalista viajou a convite da Conventa

© Maria João Leite Redação