Tendências do marketing de experiências, segundo a GPJ
17-04-2023
# tags: Tendências , Marketing , Eventos , Dicas , Experiências
A George P. Johnson (GPJ), agência americana de marketing de experiências, tem vindo a identificar algumas tendências que podem impactar as experiências dos utilizadores.
Experiências no aeroporto, a colaboração entre humanos e máquinas ou a utilização da biometria são algumas das tendências que têm vindo a ser identificadas pela equipa da GPJ, que as partilha mensalmente.
As mudanças sociais, económicas e tecnológicas estão a redefinir a forma como trabalhamos e como estamos em sociedade e as pessoas querem mais transparência nas suas experiências. Destacamos aqui algumas ideias dos números de dezembro, fevereiro e abril.
Marcas investem em experiências nos aeroportos. Já antes da pandemia, os aeroportos estavam a tornar-se palco para ativações e experiências de marca. Com o aumento das ‘viagens de vingança’, as marcas (especialmente as de lifestyle e entretenimento) voltaram aos aeroportos para oportunidades de marketing inovadoras. Os viajantes estão ávidos de novas experiências e cada vez mais abertos a marcas que podem ajudar a aliviar o stress e o tédio.
Geração Z repensa a sua relação com o álcool. A Geração Z tem um estilo de vida mais sóbrio, desafiando o relacionamento da sociedade com o álcool. Expressões como ‘curiosidade sóbria’ ou ‘beber consciente’ estão a crescer em popularidade e podem, no futuro, ter impacto nos eventos. Por isso, à medida que a Geração Z adquire mais poder de compra, as experiências devem ser cada vez mais inclusivas.
Utilizadores estão a recuperar as redes sociais. Os utilizadores estão cansados da prioridade aos algoritmos, dados e lucros, dada pelas redes sociais, e querem que as plataformas retomem o seu propósito inicial: o serem sociais. Os utilizadores estão a mudar das redes mais conhecidas para outras redes sociais mais simplificadas, como o Reddit ou o Mastodon, e estão a retomar o seu poder e a assumir o controlo da narrativa, frisa a GPJ.
Uma nova era de colaboração entre humanos e máquinas. À medida que a inteligência artificial avança, surge uma nova era de colaboração entre humanos e máquinas. Desafiado pela GPJ, o ChatGPT explica que, “as linhas entre o que é criado por humanos e o que é criado por inteligência artificial vão continuar a confundir-se” e que esta vai ser “cada vez mais usada para aumentar a criatividade e a tomada de decisões humanas”. A tecnologia está ainda mais incorporada nos negócios, pelo que os líderes têm de ser vigilantes na forma como a utilizam para criar experiências relevantes, mas mantendo a autenticidade.
Consumidores apostam no bem-estar online. Os consumidores estão empenhados em fazer uma gestão proativa do seu bem-estar online, em prol da sua privacidade e de ambientes digitais mais saudáveis e seguros. Refere a GPJ que, à medida que os avanços na tecnologia se infiltram nos eventos, a honestidade e a transparência são fundamentais. As marcas e profissionais de marketing de experiência devem ter em conta os formatos, práticas de partilha de dados, conteúdo e mensagens promocionais, que podem reforçar interações positivas e garantir a satisfação a longo prazo.
Estão os influenciadores a perder o charme? Um mercado saturado de influenciadores está a estimular um movimento que dá prioridade à contenção – os ‘deinfluencers’ tentam impedir o consumo excessivo. Tendo em conta a evolução destes movimentos, as marcas e os organizadores de eventos devem considerar abordar todas as vertentes (da seleção de talentos e vendas até às mensagens e conteúdo), de forma genuína e autêntica.
Aumenta a utilização da biometria. Tal como a tecnologia de reconhecimento facial, a biometria está a tornar-se cada vez mais integrada nos eventos ao vivo, em especial como ponto de entrada em aeroportos, estádios e feiras. Apesar de muitos consumidores se mostrarem ainda reticentes, devido a preocupações com a privacidade, a tecnologia biométrica está a provar o seu valor para eventos e experiências, podendo melhorar a eficiência operacional na gestão de filas, fluxo de tráfego e aglomeração. Representa também uma oportunidade para a criação de experiências mais simplificadas e personalizadas.
