Conselho consultivo do The Meetings Show aponta tendências para 2019

12-12-2018

O conselho consultivo do The Meetings Show, cuja sétima edição vai decorrer a 26 e 27 de Junho, em Londres, esteve reunido para debater o futuro do evento e do sector dos eventos. Os elementos do conselho, que representam players do sector no Reino Unido e no exterior (destinos, venues, organizadores de eventos e consultores da indústria), apontaram o que consideram ser as maiores tendências para 2019.

 

O valor do Reino Unido

Com o futuro ainda incerto, devido ao Brexit, o sector das reuniões e eventos do Reino Unido deve concentrar-se na definição e na promoção da sua USP [unique selling proposition] para demonstrar porque é que continua a ser um bom local para fazer negócios.

Laurie Scott, Visit Aberdeenshire: “Obviamente que o Brexit é inevitável, mas olhando os factores potencialmente positivos, a taxa de câmbio da libra significa que a Grã-Bretanha está a tornar-se um excelente destino para conferências e eventos.”

Tracy Halliwell, London & Partners: “Temos de compreender os mercados de longa distância melhor do que, talvez, os mercados europeus, bem como pensar sobre o internacional versus doméstico – é pensar sobre de onde estão a vir os negócios e como é que vamos reagir a isso.”

Sally Greenhill, The Right Solution: “Há muitas coisas relacionadas com as ciências da vida e pesquisas médicas a acontecer por cá, o que é uma grande oportunidade para promovermos o Reino Unido.”

 

Envolvimento dos delegados

O sucesso de um evento é medido também pela satisfação dos delegados e colocar a experiência dos delegados em primeiro lugar vai ser a prioridade para os organizadores de eventos em 2019.

Patrick Delaney, SoolNua: “Acho que o verdadeiro disruptor é o H2H: humano para humano. Temos de voltar a entender o poder das relações humanas, o poder de um evento ao vivo – o poder de fazer esse verdadeiro contacto que só ocorre quando as pessoas tratam as outras como seres humanos. Temos de ver quais são as necessidades das pessoas e ver como podemos responder a isso.”

Leigh Cowlishaw, Capita Travel and Events: “É importante compreender porque é que os delegados estão a vir aos nossos encontros e, através dos dados, sermos capazes de tomar decisões informadas quando estamos a planear um evento.”

Tracy Halliwell, London & Partners: “Acho que outro desafio a acontecer na indústria relaciona-se com o facto de as reuniões e eventos terem agora até quatro gerações de participantes. Como planear eventos para irem ao encontro das expectativas desses quatro tipos diferentes de pessoas, que esperam diferentes conteúdos e diferentes formatos? Penso que isso é muito desafiante.”

David Chapple, The Meetings Show: “O The Meetings Show 2019 vai estar ficado, mais do que nunca, no nosso público. Estamos, no momento, a pensar no nosso programa educativo e como o podemos tornar o mais relevante e envolvente possível para os participantes, quer através do conteúdo propriamente dito, quer pela forma como é feito. Juntamente com todas as outras coisas que estamos a preparar, tem tudo para ser o nosso melhor evento até à data.”

 

Tecnologia

A tecnologia especificamente pensada para as reuniões e eventos está em contante evolução e está a mudar a indústria. O conselho consultivo entende que, em vez de estarem preocupados com a ideia da tecnologia substituir a interacção humana, os profissionais da meetings industry devem estar atentos à forma como isso pode melhorar e apoiar o que fazem.

Patrick Delaney, SoolNua: “Em 2019, temos de pensar em mais conectividade e mais experiências. O que é que isso significa na prática? Penso que a tecnologia pode ser usada para unir pessoas e proporcionar experiências genuínas, experiências que vão fazer com que os delegados digam: ‘vocês sabem algo que me causa impacto, que me envolve emocional e intelectualmente – isso mudou-me de alguma forma.’”

Juliet Price, HBAA: “Uma das coisas que vemos é o uso das plataformas online para a reserva de pequenas reuniões. Não é uma ameaça para a indústria; devemos ver para além disso, como um passo positivo, porque significa que agências, organizadores corporativos e venues vão ter mais tempo para lidar com eventos maiores, que necessitam de mais cuidado e atenção.”