Estudo “Do storytelling ao storydoing” e a importância das histórias

23-10-2017

A Llorente & Cuenca ouviu 30 marcas de Portugal, Espanha e América Latina sobre as tendências nos novos formatos narrativos.

O estudo “Do storytelling ao storydoing: 30 marcas falam sobre a importância das histórias”, realizado pela consultora Llorente & Cuenca, analisouas principais tendências nos novos formatos narrativos. A consultora falou com 30 marcas em Portugal, Espanha e América Latina e, neste estudo, revela que o storytelling vai ser uma ferramenta utilizada nas estratégias de marketing por 90% das empresas ibero-americanas inquiridas.

As empresas preocupam-se cada vez mais em captar a atenção do consumidor e com a permanência das suas mensagens. Assim, entendem que “é necessário combinar a intensidade das experiências com uma aura de exclusividade”, lê-se em nota de Imprensa. E por isso, as empresas recorreram a técnicas de storytelling e foi com vídeos (47%), eventos experienciais (28%), gamification (12%) e webseries (3%) que obteram melhores resultados.

As empresas acreditam que “contar histórias pode ser um mecanismo-chave para recuperar e manter um diálogo com públicos que estão imersos em grandes massas de”. O storytelling é assim uma técnica de comunicação que faz cada vez mais parte das estratégias de marketing das marcas.

Sobre as tendências, 52% das empresas entrevistadas considera que a co-criação de conteúdos das marcas com os utilizadores vai ser o formato de storytelling/storydoing mais relevante nos próximos anos. Por outro lado, 29% aposta nos conteúdos imersivos, como a realidade virtual, a realidade aumentada, entre outros, enquanto 19% destaca o papel das histórias em directo, utilizando ferramentas como o Snapchat ou o Instagram Stories para a criação de conteúdo instantâneo.

De acordo com o estudo, vários factores podem afectar a forma de contar histórias. As empresas inquiridas consideram que a Big Data – que facilita o encontro de comunidades de indivíduos com interesses partilhados e a partir do qual as marcas podem criar conteúdos personalizados – é um desses factores (64%). Também a inteligência artificial (18%) e os colaboradores como protagonistas (18%) “terão um espaço relevante nesse futuro narrativo”.

“O renascer do storytelling é, hoje em dia, um requerimento para fazer parte das conversações dos diferentes grupos de interesse e é uma ferramenta para nos aproximarmos de um público cada vez mais sofisticado no seu consumo de conteúdos, alimentado por diversas fontes de informação e organizado em torno de interesses concretos, um público que apenas dedicará tempo aos conteúdos com os quais se possa identificar e onde encontra valor”, refere David González Natal, líder da área de Consumer Engagement da Llorente & Cuenca e responsável pelo estudo.

Através das narrativas corporativas, as empresas vão construindo as suas histórias específicas para diferentes territórios – o que contribui para a ligação com as comunidades de interesse. A Llorente & Cuenca refere que, segundo o estudo, “há quem considere bem-sucedida a criação orgânica de diálogos específicos para vários territórios”, mas que, por outro lado, há quem frise que, apesar dos esforços para aproximar as marcas aos territórios, “a oportunidade não está associada à quantidade mas à contundência e persistência”.

De acordo com o estudo, é importante “dar seguimento às conversações com os consumidores, entender as necessidades dos grupos de interesse que se vinculam à marca e, também, processar como dados-chave a informação responsável pelas vendas e considerar estes actores como fonte poderosa de informação”.

Em Portugal participaram neste estudo do Centro de Ideias, Análise e Tendências da Llorente & Cuenca as marcas Bridgestone, IKEA, NOS, Parfois, Sonae Sierra e Vila Galé Hóteis.