Filmaster Events produz nove cerimónias num Verão

30-01-2017

Entre elas a dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a final da Liga dos Campeões e as do Euro 2016.

Entre elas a dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a final da Liga dos Campeões e as do Euro 2016. Haveria melhor pretexto para entrevistar Andrea Francis, director geral da Filmmaster Events?

Pode partilhar connosco alguns dos principais marcos da história da empresa?

A Filmmaster Events é um ramo da Filmmaster e está especializada na criação e produção de eventos para empresas, instituições públicas, comités, federações desportivas e outros clientes privados. A empresa tem instalações em Roma, Milão, Dubai, Londres e Rio de Janeiro e conta com mais de 35 anos de experiência, sendo actualmente uma das principais agências de eventos do mundo, o que se prova pelos prémios de melhor agência de eventos que tem acumulado, o último dos quais em 2015.

Como foi a experiência de trabalhar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e no Euro 2016?

2016 foi de facto um dos mais importantes e intensos anos que já tivemos. Produzimos nove cerimónias num Verão. Além das Olimpíadas e do Euro, organizamos por exemplo a final da Liga dos Campeões, e a cerimónia de abertura do Grande Prémio do Azerbeijão. Foram emoções muito intensas e um trabalho muito desafiante, que mais uma vez nos colocou como uma grande player no que diz respeito aos eventos desportivos internacionais.


Jogos Olímpicos do Rio 2016

Como referiu, são considerados uma das melhores agências de eventos do mundo. Qual é o segredo do vosso sucesso?

Dedicação, profissionalismo e trabalho de equipa de todos os que estão envolvidos nas diferentes etapas de cada projecto. Cada área está altamente interrelacionada. O trabalho de criação e produção é uma máquina altamente complexa, em que cada um dos intervenientes tem um papel fundamental.

Que perfil de pessoas procuram para trabalhar convosco? Que tipo de qualidades deve ter um gestor de eventos hoje em dia?

Depende do tipo de papel a desempenhar, mas a paixão naquilo que se faz é um elemento essencial. Tal como a dedicação, a vontade de aprender e a proactividade.

Que tipo de conselho daria a um jovem que queira seguir a carreira de gestor de eventos?

Trabalhar nesta área é incrível, mas exige um grande esforço e dedicação. Posso assegurar, aquilo que se retira deste trabalho não tem preço. Só quem está nos eventos pode realmente entender aquilo que digo. Para quem está a dar os primeiros passos, aconselho a terem a humildade de quererem aprender.

Jogos Olímpicos do Rio 2016

Acredita que as marcas estão mais atentas à importância dos eventos e a dedicar‑lhes mais orçamento? Os eventos são estratégicos para as empresas?

Depende da marca. Hoje em dia, com o advento do live streaming e das redes sociais, é crucial que as marcas acompanhem o ritmo. Temos de encontrar maneiras para descodificar aquilo que as marcas querem das agências de eventos. A velocidade a que muda a forma de fruir as coisas é altamente desafiante. No que diz respeito aos orçamentos, há situações diversas, especialmente neste momento. Os clientes já não têm o orçamento que tinham há uns anos, mas esperam resultados de alto nível. Uma das mais‑valias hoje é ser capaz de oferecer excelência com um orçamento menor.

Acha que os clientes envolvem as agências de eventos demasiado tarde quando tomam a decisão de o organizar?

Depende. Pode acontecer e já aconteceu. Muitas vezes temos 15 dias para produzir um evento, mas isso são ossos do ofício.

O orçamento é o maior desafio?

É um dos maiores desafios.

Nesse contexto qual é a importância da criatividade?

A criatividade anda sempre de mãos dadas com a produção. Coexistem em simultâneo, uma não sobrevive sem a outra. Para nós é essencial: uma produção excelente implica uma excelente criatividade.

Consegue apontar algumas das principais tendências nos eventos?

As tendências passam por eventos orientados para os social media e muito dirigidos para o uso de novas tecnologias. O efeito “wow”é cada vez mais difícil de alcançar.

Já fizeram algum evento em Portugal?

Ainda não tivemos essa oportunidade. Gostaríamos de o fazer. Acreditamos que tudo na Europa é extremamente próximo da nossa própria cultura, e que a interacção seria, sem dúvida, muito fluída.

Que tipo de características procuram num destino?

Depende do tipo de evento e a produção em que estamos a trabalhar, mas o que posso dizer é que temos fome de conhecimento e queremos aprender sempre coisas novas, e cada evento permite‑nos isso: conhecimento e experiências. Cada novo destino é uma oportunidade para aprender.

Há alguma história curiosa relacionada com um dos vossos eventos e que possa partilhar connosco?

Há milhares de histórias, mas, lembro‑me das cheias no rio Sena este Verão, e a emergência em termos climáticos, apenas algumas horas antes da cerimónia do Euro 2016...
 

Cláudia Coutinho de Sousa