Frequência das viagens de negócios deve diminuir, diz pesquisa

21-04-2021

Qual o impacto da pandemia e das ferramentas digitais nas viagens de negócios?

Trabalhar de casa e fazer reuniões de negócios em plataformas digitais são ações que passaram a fazer parte do quotidiano. Aliada às normais preocupações com a pandemia, que impacto isso poderá ter na recuperação das viagens de negócios? Numa pesquisa do YouGov, realizada entre 14 de dezembro de 2020 e 20 de janeiro de 2021, a maioria dos empresários acredita que, aquando do total levantamento das restrições relacionadas com a Covid-19, as viagens de negócios vão acontecer com menos frequência do que era habitual.

Responderam dessa forma, 40% dos empresários inquiridos, de um total de 1.414, oriundos de sete países europeus: Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Países Baixos, Reino Unido e Suécia. Trinta e oito por cento diz que as viagens de negócios vão regressar ao ritmo anterior às restrições, enquanto 13% acredita mesmo que a frequência das viagens vai aumentar. Mas há quem garanta que não vai realizar mais viagens de negócios (5%) e quem não saiba responder à questão (4%).

Tendo em conta as novas formas de reunião e os meios digitais disponíveis, como o Zoom ou o Microsoft Teams, por exemplo, os empresários dividem-se: 42% consideram que vão viajar menos, mas outros 42% avançaram que vão voar com a mesma frequência, independentemente das videoconferências. Há ainda outros (11%) que pretendem viajar mais.

A maioria dos inquiridos confessou que as pausas nas viagens, devido à pandemia não teve grande impacto na vida pessoal (49%) – 24% responderam que o impacto foi positivo e 17% que o impacto foi negativo –, nem na vida profissional (51%) – para 19% o impacto foi positivo e para 31% o impacto foi negativo.

Numa análise a esta pesquisa, disponível aqui, a Fortune considera os resultados alarmantes para a indústria da aviação, tendo em conta a importância dos viajantes de negócios, que, embora representem apenas 12% do total de passageiros, são responsáveis por 60% a 70% das receitas das companhias aéreas. Além disso, refere a Fortune, a pesquisa acompanha as previsões de Bill Gates, para quem “mais de 50% das viagens de negócios e mais de 30% dos dias no escritório vão desaparecer”, na era pós-pandemia, como referiu na conferência Dealbook do New York Times, cita a CNBC.