Grupo TQ aposta no segmento da saúde

06-12-2017

No final de 2016, o Grupo TQ Travel criou um departamento para o segmento da saúde, com o objectivo de captar eventos da indústria farmacêutica. Uma aposta ganha, sublinha Alexandra Henriques, directora de Marketing do Grupo TQ, em entrevista à Event Point.

Quais foram os principais marcos da história do Grupo? Como nasce, momentos mais marcantes, decisivos?
 

O Grupo TQ foi fundado em 2008 e é constituído por três empresas: Travel Quality Viagens – Agência de Viagens e Turismo cujo core business são as viagens empresariais, com oferta das melhores soluções e com um serviço altamente especializado; a Travel Quality DMC e a Travel Quality – Eventos e Congressos dedica-se aos mercados corporativos e privados. A nossa carteira de clientes é maioritariamente de pequenas e médias empresas, que representam entre 80 a 90% do negócios. Contamos com três balcões da Travel Quality Viagens – Agência de Viagens em Lisboa: “TQ Saldanha”, “TQ Alcântara-Rio” e “TQ Areeiro”. O espaço “TQ Saldanha” abriu em Agosto de 2016. No final de 2016, apostámos no segmento de Saúde e criámos a TQ Pharma e o balanço é muito positivo. A chave do nosso sucesso tem sido a especialização e o know how da nossa equipa.

Como vê a evolução do sector MI e de que forma essa evolução tem sido refletida na estratégia do Grupo para este segmento?

O segmento de MI tem evoluído de forma muito positiva. Prova disso é o Web Summit que se realizou em Portugal e que foi um sucesso. Portugal tem excelentes condições para captar eventos e a TQ tem actuado neste segmento, tentando acompanhar as novas tendências.

Quais são os mercados que mais procuram os vossos serviços?

Uma das apostas em termos de Turismo Receptivo tem sido o mercado sul-americano, nomeadamente o brasileiro e que continua a ser extremamente importante. Os nossos principais mercados europeus são o espanhol, francês, italiano, grego e turco. Em termos de mercados emergentes: Kuwait e Polónia são as apostas recentes, mas com muitas potencialidades.

O Brasil tem sido um dos principais mercados da TQ DMC e com quem desenvolvemos parcerias com operadores e agências de viagens contratando hotéis e todos os outros serviços turísticos e de receptivo em Portugal. Trabalhamos com empresas que vêm a Portugal em viagens de incentivo e também com turistas individuais. Além do Brasil, temos apostado também em outros mercados como a China, que tem um enorme potencial e agora com os voos directos será ainda mais importante.

A parceria com a International Travel Partnership (ITP) também tem sido de extrema importância e através desta rede temos captado clientes de vários mercados. A TQ Travel é representante exclusiva da ITP, o que significa que temos contacto privilegiado com empresas internacionais e com as quais trabalhamos em exclusivo e em contacto permanente. Fazemos parte de um mercado global e conseguimos mostrar as mais valias de Portugal junto das várias empresas que integram a rede.

Criaram recentemente uma equipa para trabalhar o segmento da saúde. De que forma foi importante autonomizar este segmento dentro do Grupo?

Criámos a TQ Pharma no final de 2016 com o objectivo de captar a indústria farmacêutica para a nossa carteira de clientes, uma vez que tem um enorme potencial no segmento de eventos, com a realização de vários congressos e reuniões de ciclo. É uma área específica e por isso criámos um departamento próprio. O balanço é positivo e foi uma aposta ganha. A TQ Pharma é constituída por uma equipa de profissionais altamente qualificados, com mais de 10 anos de experiência neste sector e especializados nesta indústria.

Como têm lidado com esta crescente tensão entre o turismo tradicional e o turismo de negócios, nomeadamente nos equipamentos que partilham (hotéis, espaços)? É cada vez mais difícil trabalhar os grupos?

Na TQ não temos sentido essa tensão. A nossa equipa é experiente no sector e temos parceiros de confiança e já conhecem o nosso trabalho. Não temos qualquer dificuldade em trabalhar grupos.

O produto Portugal enquanto experiência tem acompanhado, em termos de qualidade e diferenciação, a crescente procura pelo destino?

Sim, claro. Tal como já referi, a realização do Web Summit em Portugal é uma as provas que o País excelentes condições para receber grandes eventos. Além de ser um país seguro, temos uma rede de infra-estruturas de muita qualidade, com capacidade para receber grandes eventos. Quando falamos de infra-estruturas falamos da hotelaria, dos transportes, da restauração, etc. Daqui destaca-se ainda outra excelente vantagem que é a proximidade dos aeroportos aos centros das principais cidades.

A par dos factores acima mencionados, de referir ainda o elevado grau de profissionalismo de quem trabalha no sector, a hospitalidade dos portugueses e ainda a nossa gastronomia e o clima que fazem de Portugal um destino único. Há ainda um factor extra a considerar: a grande exposição mediática a que o país tem sido sujeito, recebendo inúmeros elogios da imprensa internacional, torna-o apetecível, despertando a curiosidade mesmo quando falamos de um meio corporate.

Neste contexto que destinos portugueses diria que estão mais avançados em termos da oferta?

Lisboa, por razões óbvias. Porto, Faro/Vilamoura e Funchal. Mas existem outras cidades, como é o caso de Évora e Coimbra, que para eventos de pequena e média dimensão também reúnem requisitos fantásticos.

E em termos dos clientes. Como tem evoluído o seu perfil e as exigências?

Os clientes têm procurado cada vez mais destinos que lhe assegurem um elevado profissionalismo e infra-estruturas de qualidade. Procuram também diferenciação e inovação.

Como vê a evolução do Grupo para os próximos anos?

O Grupo tem vindo a evoluir e acreditamos que iremos continuar a caminhar nesse sentido. Estaremos sempre atentos à evolução do sector para que consigamos apresentar as melhores soluções aos nossos clientes.