João Epifânio: uma “entrada com fulgor” da Meo no EDP Vilar de Mouros

26-08-2019

Entrevista a João Epifânio, administrador da Meo, marca que deu nome ao palco secundário do EDP Vilar de Mouros 2019.

Foi uma entrada em força da Meo no EDP Vilar de Mouros, já que a marca deu nome ao palco secundário do festival, que decorreu de 22 a 24 de agosto. Por lá passaram, ao longo dos três dias de evento, nomes como Therapy?, The Wedding Present, The Sisters of Mercy, The House of Love ou Gang of Four, entre outros. Por lá passou também, no primeiro dia de festival, João Epifânio, administrador da Meo, que à Event Point falou da relação da marca com a música. “É um reflexo da nossa atitude enquanto marca”, frisou.

 

A Meo dá nome ao palco secundário. Esta foi uma entrada em grande no EDP Vilar de Mouros.

É verdade. Surgiu essa oportunidade. Entendemos que este é um festival diferente, diria que é a mãe, ou o pai, de todos os festivais, desde 1971. Tem uma herança quase histórica, já transitou de século, e é sempre uma garantia de um cartaz de boa música, tipicamente rock. Aliás, esta noite [dia 22], estamos a assistir ao melhor que a Grã-Bretanha pode oferecer: tivemos os irlandeses Therapy? no palco Meo; estão a atuar, neste momento, os Manic Street Preachers, do País de Gales; e a seguir atuarão os The Cult, uma banda de Inglaterra. Acho que é uma excelente imagem da qualidade que este festival entrega ano após ano. E basta olhar para a assistência. Mantém-se fiel, estão aqui pessoas que já vieram seguramente a várias edições. Portanto, achamos que era um momento também de poder tocar um público diferente daquele que tocamos nos nossos festivais, que têm o nosso naming, nomeadamente o Sudoeste, o Marés Vivas e o Sons do Mar. E entendemos que esta era uma boa oportunidade, que não podíamos desperdiçar, e por isso, sim, uma entrada com fulgor em Vilar de Mouros.

 

Que valores é que encontram em comum entre a marca e o festival?

No ano passado fizemos uma alteração na nossa assinatura. Mudamos a nossa assinatura, como uma espécie de ‘call to action’, e passamos de “O mundo é Meo” para “Humaniza-te”. O “Humaniza-te” é tudo isto, é tudo o que é esta dinâmica da música que aproxima pessoas, gera emoções, promove o amor, promove a paz, mas também tem mensagens de intervenção política, de causa social, de causa ambiental. E é exatamente tudo isto que nos torna humanos. Portanto, a música é um reflexo da nossa atitude enquanto marca, independentemente, obviamente, do estilo e do perfil de cada um dos festivais aos quais nos associamos.

 

A Meo dá nome a três festivais e está presente em muitos outros com ativações. A música é um fator estratégico da empresa?

Sim, assumidíssimo. E eu diria que o é há mais de 20 anos. Há aqui um tema de consistência de marca; apesar das nossas marcas terem tido já dinâmicas diferentes – a marca que tínhamos no móvel, a TMN, foi patrocinadora do Sudoeste e foi substituída pelo Meo –, procuramos sempre honrar a herança das nossas marcas. E, de facto, a música é um ativo que nós temos muito bem cimentado ao longo das duas últimas décadas. Damos nome, há mais de duas décadas também, ao Meo Sudoeste, estamos no Meo Sons do Mar, na Madeira, no Meo Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia, e estamos presentes em mais um conjunto de outros festivais, embora não como naming sponsor, como é o caso de Vilar de Mouros. Mas a música é claramente um dos nossos grandes ativos. Faz parte da nossa estratégia de entretenimento. Mesmo no nosso serviço de televisão temos vários canais de música. Entendemos que esta é uma das formas de ligar a marca aos portugueses e os portugueses à marca.

 

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E esta relação com o EDP Vilar de Mouros, que ainda vai no início, tem pernas para andar?

Eu creio que sim. Aliás, eu quis presenciar, quis viver, quis experienciar mesmo o festival, porque não acredito na gestão à distância. E acho que todos os gestores deviam sair do conforto dos seus escritórios e deslocar-se aos locais, verem onde é que investem, como é que investem, conhecerem as pessoas que são tocadas por esses investimentos; se estamos a fazer bem, se estamos a fazer mal, se podemos fazer melhor e, acima de tudo, como é que podemos promover melhores experiências a todos os festivaleiros, sejam eles clientes do Meo ou não. Obviamente, se não forem, esperamos recebê-los em breve, e àqueles que já são é uma forma também de devolvermos algo em troca.

 

Maria João Leite

©Jorge Ferreira