Jorge Veloso: “Faltava um festival que pudesse ser mais eclético e ‘mainstream’”

11-04-2018

Entrevista ao director do North Music Festival, que decorre a 25 e 26 de Maio, na Alfândega do Porto.

Chega a Primavera e Portugal começa a ganhar ritmo com os festivais de música. A Norte existem vários, mas “faltava um que pudesse ser mais eclético e ‘mainstream’”, segundo o director do North Music Festival, cuja segunda edição decorre a 25 e 26 de Maio, na Alfândega do Porto. A Event Point entrevistou Jorge Veloso, para melhor conhecer este evento que se mudou de Guimarães para o Porto.

 

Como surgiu a ideia de fazer o North Music Festival? E porquê?

A ideia do North Music Festival surge da vontade de criar um grande festival a Norte que abrangesse uma franja alargada de público. No fundo, ter um festival que agrade a diferentes tipos de público, com variados gostos musicais. Temos vários festivais a Norte, mas achámos que faltava um que pudesse ser mais eclético e ‘mainstream’.

 

Como se pode destacar este evento no universo dos festivais em Portugal?

Existem alguns festivais em Portugal, mas não existem muitos com carácter urbano e transversal. Queremos posicionar o festival numa linha mais ‘mainstream’ e com uma programação diversificada. Temos dados muito positivos em relação à edição passada e o nosso objectivo para esta edição é crescer e consolidar a nossa posição no panorama dos festivais em Portugal. Logo na segunda edição, orgulhamo-nos de ter construído um cartaz de luxo, capaz de agradar a muita gente e por um preço justo.

 

Na segunda edição, o North Music Festival muda-se de Guimarães para o Porto. Quais os motivos desta mudança?

A escolha da cidade do Porto para a segunda edição do festival foi óbvia porque, além de ser uma cidade em efervescência, o Porto é o centro de toda a região Norte e um dos principais destinos turísticos da Europa. Vimos no Porto uma boa oportunidade de realizar o festival pois não existe um festival do género na cidade, aliado ao facto de ter uma maior massa crítica, mais turismo e maior interesse dos patrocinadores em apoiar o evento.

 

O evento vai realizar-se na Alfândega do Porto. Que mais-valias apresenta este venue?

A Alfândega possibilita o conforto e a comodidade do público. Além das excelentes infra-estruturas existentes na Alfândega, a localização privilegiada deste espaço, com vistas sobre o rio Douro, faz com que este faça também parte do cenário do North Music Festival. As acessibilidades existentes (transportes públicos, proximidade com a baixa do Porto) são também uma mais-valia para o público que poderá deslocar-se com facilidade para o recinto. Vamos oferecer conforto, segurança, higiene e restauração de qualidade.

 

Quais são as expectativas da organização para esta edição?

Esperamos reforçar a marca North Music Festival acrescentando-lhe notoriedade e valor. Acima de tudo esperamos agradar as pessoas. Queremos que se sintam bem recebidas e que possam desfrutar de dois dias de pura música e diversão.

 

A terminar, o que se pode ver, ouvir e fazer este ano no North Music Festival?

Ao longo de dois dias, o festival vai oferecer uma programação variada, com sonoridades que vão do rock ao pop, passando pelo hip hop e pela música mais eletrónica. De um lado, artistas consagrados e que dispensam apresentações, do outro, novos nomes da música portuguesa que já conquistaram o seu lugar.

No primeiro dia do festival, a 25 de Maio, Da Chick terá honras de abertura do palco principal, seguida pelos Linda Martini. Guano Apes é o concerto que se segue, abrindo caminho para os Gogol Bordello. O palco Dance – que será ‘indoor’– será preenchido com as actuações de Ermo e Xinobi Live. O segundo dia do festival começa com a actuação de First Breath After Coma e de Slow J. O alinhamento no palco principal prossegue com o concerto especial “Mutantes S.21”de Mão Morta, seguida pela poderosa actuação dos The Prodigy. O palco Dance será neste dia conduzido DJ Ride.

Além da oferta musical, o festival vai proporcionar experiências gastronómicas e provas de vinhos, bem como um espaço dinamizado pela FNAC. Quinze operadores de street food nacionais e internacionais irão garantir experiências gastronómicas únicas num festival de música. O North Music Festival vai ter também ‘wine gardens’, espaços que irão servir os vinhos das castas rainhas da região Norte, que podem ser apreciados, por exemplo, enquanto se desfruta do pôr-do-sol com vista para rio Douro.

 

Maria João Leite