Lisboa apresenta plano estratégico para o turismo da região
10-02-2020
O Plano Estratégico para o Turismo da Região de Lisboa 2020-2024 visa a integração regional e o aumento da riqueza gerada pelo turismo. Um novo protagonismo para o Tejo, a gestão dos fluxos turísticos através de doze polos locais da região e o desenvolvimento de produtos transversais a todo o destino são as metas a cumprir.
Aprovado pelas direções da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL) e pela Associação Turismo de Lisboa (ATL), o plano estratégico prevê uma qualificação da oferta nos centros de maior procura – Belém-Ajuda, Baixa, Bairros Históricos e Oriente de Lisboa, Cascais, Sintra e Ericeira –, a aceleração do crescimento das zonas de forte vocação e notoriedade – Arrábida, Mafra – e o estímulo às zonas com potencial a médio prazo – Loures, Alcochete, Seixal, Costa da Caparica.
Dados indicam que, hoje em dia, o turismo é a mais importante atividade económica e social de Lisboa. Em 2018, gerou 14,7 mil milhões de euros de receita e criou mais de 201 mil empregos, contribuindo com 20,3% para o PIB regional e com 15,4% para o emprego. O produto ‘City/Short Break’ tem vindo a reforçar a sua posição em termos de oferta, tal como o produto ‘Meetings & Incentives’. Outros produtos complementares são o Surf, Sol e Mar, Golfe e Natureza e os qualificadores são a Gastronomia e Vinho, Cultura, Compras e Eventos.
Relativamente aos mercados, vão ser lançadas várias iniciativas, nos ‘media’ locais e em programas digitais, que visam o aumento da notoriedade de Lisboa junto de mercados do Médio Oriente e Ásia, como o Japão, a Coreia do Sul, a Turquia, os Emirados Árabes Unidos, o Catar, Israel, Irão, a Arábia Saudita e a Rússia. O plano vai manter também os programas de promoção junto dos mercados emissores de crescimento consolidado – Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Suíça, Áustria, Espanha, Benelux, França, Escandinávia, Itália) – e nos mercados atlânticos que registam maior crescimento – EUA, Canadá, Brasil.
Nos polos consolidados, as iniciativas variam: no Polo Lisboa Centro, passam pela regulação, gestão de fluxos, estímulo em segmentos e marcas mais qualitativas e promoção de novas zonas com potencial turístico; no Polo Belém-Ajuda, o Museu do Tesouro Real vai permitir enriquecer a promoção de conteúdos culturais; no Polo Sintra, o foco está na oferta de um turismo de maior valor, no reforço de soluções de mobilidade e na divulgação de riquezas arqueológicas ou igrejas; no Polo Cascais haverá um reforço na dinamização da oferta de hotelaria e restauração de luxo, na captação de eventos de elevada exposição mediática, numa nova dinâmica do segmento de golfe e na dinamização como hub náutico de luxo; e no Polo Ericeira deverá haver um reforço do posicionamento como destino sustentável de surf.
Relativamente aos polos em desenvolvimento: vai ser criado o Polo Tejo, que vai transformar o rio num novo ativo turístico de relevo; no Polo Lisboa Oriente, vão ser alavancadas as infraestruturas existentes no Parque das Nações, explorada a vocação de Marvila e Beato enquanto zonas jovens e ‘trendy’, potenciados conteúdos de Arte Pública em Loures e aproveitada a realização das Jornadas Mundiais da Juventude enquanto evento estruturante; o Polo Mafra deve qualificar o seu património cultural e natural, alavancando o estatuto de Património Mundial; e o Polo Arrábida vai focar-se no desenvolvimento do Turismo da Natureza.
Os polos a potenciar são o Polo Arco Ribeirinho Sul, que vai ter a cargo a preparação para os efeitos positivos do novo aeroporto do Montijo e que vai também dedicar-se à exploração turística fluvial para dinamizar o acesso via rio Tejo, o Polo Reserva Natural do Estuário, que vai posicionar-se como uma zona de experiências com foco no Turismo da Natureza; o Polo Costa da Caparica, cuja experiência Sol e Mar vai ser alavancada, com a qualificação da infraestrutura de acesso e suporte às praias e o enriquecimento da oferta de alojamento de qualidade.
Fontes: Deloitte 2018 e Roland Berger 2019