Networking: as formas mais eficazes de se relacionar

19-07-2019

Um estudo da Loughborough University e da Imago Venues identificou formas eficazes de relacionamento em momentos de networking.

Um novo estudo da Loughborough University e da Imago Venues identifica as formas mais eficazes de relacionamento entre pessoas em momentos de networking. As dicas são baseadas nos resultados de um estudo, levado a cabo por Elizabeth Stokoe e Magnus Hamann, analistas de conversação, que observaram como as pessoas se comportam e comunicam em momentos de networking e como as suas ações são influenciadas pelo ambiente em que se encontravam e pelos objetos à sua volta.

“Há uma enorme quantidade de informação online sobre como se relacionar, mas nem sempre são os melhores conselhos”, alerta Elizabeth Stokoe, também professora de Interação Social na Loughborough University, acrescentando: “O objetivo do networking é ter uma conversa sem atritos e produtiva, que deixe os seus destinatários com uma boa e memorável primeira impressão e que sirva de base a uma futura interação.”

Aqui ficam algumas dicas:

 

Saiba onde se colocar no espaço. Os locais onde decorrem conferências podem ser amplos e movimentados, o que dificulta saber onde nos colocarmos. Mas pode começar uma conversa na fila da comida ou bebida, à volta ou sentado à mesa. Os investigadores descobriram que é fácil alguém juntar-se ou sair dessas filas, mas que sentar-se à mesa faz com que as pessoas conversem de forma mais prolongada – as pessoas movimentam-se em pares da fila uma mesa, de forma a continuarem a conversar, ou seguem em direções opostas.

Coloque o copo numa mesa. Se fazer networking o deixa nervoso, chegue cedo ao local do evento, pegue numa bebida e pouse o copo numa mesa em pé. O copo visível cria um ambiente favorável para que as pessoas interajam, convidando outros a juntar-se à mesa e a começarem a conversar.

Junte-se à conversa. Para se juntar à conversa, é necessário fazer parte do que Adam Kendom, especialista no tópico do gesto, chama de ‘círculo interrelacional’, ou seja, o círculo de pessoas que já se estão a relacionar. Quando estão a falar, as pessoas organizam os seus corpos para que tenham igual acesso, visual e auditivo, a todos no grupo. E uma forma de se juntar ao círculo é posicionar-se na linha de visão da pessoa com quem quer interagir, pois o grupo fica propenso a realinhar-se para que possa entrar no círculo. O tamanho ideal de um ‘círculo interrelacional’ é de três a quatro pessoas, antes de as pessoas se dividirem em grupos menores.

Um ‘olá’ nem sempre chega para começar uma conversa. Uma boa forma de começar uma conversa em espaços de networking é aproximar-se de uma mesa, com o seu café ou prato na mão, e perguntar a quem já lá está se pode pousar o copo na mesa. Depois de estar autorizado, pode avaliar se as pessoas querem conversar mais do que isso, através do movimento dos seus corpos – virando-se na sua direção e perguntando alguma coisa… ou não.

Seja educado. Não cumprimente alguém e depois olhe pelo seu ombro para outra pessoa “mais importante” na sala. Algo eficaz é perguntar apenas de onde a outra pessoa é – a única coisa que todos os delegados têm em comum é que vêm de algum lugar e pertencem a uma organização, por isso comece por aí.

No networking, as conversas têm limite de tempo. Às vezes queremos deixar logo uma conversa, mas fazer parecer que deixamos a conversa na hora certa. Uma vantagem de não conhecer pessoas numa conferência é que pode inventar um motivo para deixar a conversa… Mas os investigadores repararam que as boas saídas de cena baseiam-se em questões que implicam o fim da conversa por apontarem futuras ações. Um exemplo: “sabe onde vai decorrer a próxima sessão?”