O stand já não é o que era

05-03-2018

Inovação, diferenciação, resultados. Estas são as três palavras‑chave dos stands do futuro que querem estar nas feiras para ser notados e rentabilizar ao máximo o investimento.

O tradicional stand é uma das visões mais comuns em qualquer evento ou congresso. E esse é precisamente o problema, muitas vezes passam despercebidos às centenas ou milhares de pessoas que visitam um certame. E se há alguns anos esta questão era algo esquecida pelas empresas, que se apresentavam com estruturas pouco criativas e antiquadas, actualmente tem uma importância significativa. As organizações controlam cada vez mais os custos: se é para investir, esse investimento tem que apresentar uma rentabilidade comprovada. Está assim aberto o caminho para a digitalização e inovação que façam parar quem vai a uma feira e só tem um tempo limitado para ver o que se passa. A revista “Exhibitor” traçou este ano um guia com as maiores tendências de stands para futuro.

1. Visual mais industrial. Os stands actuais são menos geométricos e viraram‑se para uma estética de cores e texturas industriais, com madeiras e metais, para uma maior aproximação da marca e dos seus produtos a potenciais clientes.

2. Realidade virtual. Está por todo o lado e nem os stands lhe escapam, com as potencialidades que tem de atracção de visitantes distraídos em feiras. Com cada vez mais produtos disponíveis, incluindo o Google Cardboard e o Samsung Gear VR e a preços razoáveis, o uso desta tecnologia ajuda a levar potenciais clientes aos produtos da empresa. Além disso, a ferramenta, Facebook 360º permite recolher imagens a 360 graus e depois vê‑las em realidade virtual. Os millennials, em particular, são atraídos por este tipo de apresentações.

3. Inteligência artificial. Personalidades do mundo dos negócios, como Elon Musk, o todo‑poderoso líder da Tesla, têm alertado para os para os perigos do desenvolvimento desta tecnologia, num tom quase apocalíptico, mas para já as marcas estão a aproveitar para as potencialidades da inteligência artificial para recolher, analisar dados e tirar conclusões que podem ser apresentadas imediatamente, durante a feira. Os clientes mais interessantes também podem ser identificados rapidamente, com recurso à sua pegada digital.

4. Envolvimento dos visitantes. Já não é uma novidade mas tem provas dadas ao longo do ano. Jogos e concursos são um dos maiores pontos de atracção de um stand, cada vez mais apoiados por tecnologias inovadoras, que permitem aos visitantes uma experiência mais memorável, ao mesmo tempo que deixa os seus dados à empresa dona do stand, que depois pode aproveitá‑los no futuro. E mesmo concursos mais tradicionais, como tômbolas ou mesmo mini‑golfe acabam por atrair mais pessoas.

5. Prolongamento da estratégia de marketing. Com estratégias de design cada vez mais avançadas, as empresas estão cada vez mais a levar os seus esforços de marketing para as feiras, com estruturas que reflectem os seus produtos e campanhas. Este tipo de esforço faz sentido para dar a conhecer aos visitantes as campanhas que a empresa está a levar a cabo, para uma maior identificação da estratégia que quer dar a conhecer produtos e aumentar as vendas. O que interessa é atrair a atenção e começar uma conversa.