Os efeitos da pandemia na visão das empresas e dos consumidores

03-11-2021

Resultados do estudo vão ser analisados em conferência online a 4 de novembro.

Os efeitos da pandemia em alguns dos setores mais afetados foi alvo de um estudo por parte da Five Stars Consulting e da multidados.com – The Research Agency, que pretendiam avaliar os impactos da pandemia e mostrar a visão quer das empresas, quer dos consumidores relativamente ao processo de desconfinamento e ao regresso das atividades económicas e sociais.

O estudo ‘Efeitos da Pandemia: duas visões sobre o desconfinamento e a retoma das atividades económicas’ incidiu sobre seis setores: hotelaria, viagens, restauração, retalho não alimentar, eventos e transporte/logística. E uma das primeiras conclusões indica que, à exceção dos transportes/logística, o volume de negócios diminuiu drasticamente nas restantes áreas. No caso concreto dos eventos diminuiu 95%, segundo as empresas inquiridas. No combate à pandemia, foram muitos os contributos destes seis setores, como a distribuição de alimentos (viagens – 100%), a disponibilização de refeições (restauração e retalho não alimentar – 75%), de alojamento a profissionais de saúde (hotelaria – 65%), de equipamentos (eventos – 58%), ou o transporte de bens e materiais (transporte/logística – 75%).

Ainda na visão das empresas, e também à exceção do setor dos transportes e logística, os apoios foram considerados insuficientes pelas empresas inquiridas e houve um elevado recurso a medidas de apoio lançadas pelo Estado. Também houve uma adesão massiva ao lay-off simplificado, especialmente nos setores da hotelaria (96%) e restauração (95%). No regresso à atividade, e no momento do inquérito, as empresas ainda se adaptavam às circunstâncias. Sobre as principais medidas no regresso à atividade, as empresas apontaram: higienização e segurança (transportes/logística – 67%; hotelaria – 37%; restauração – 22%); comunicação online (eventos – 62%); vendas online (retalho não alimentar – 50%) e formação (viagens – 16%).

Por seu lado, os consumidores consideraram a utilização da máscara como a medida que transmite mais segurança: transporte/logística (86%), viagens (80%), eventos e retalho não alimentar (78%), hotelaria (76%) e restauração (73%). De acordo com os consumidores, houve uma forte redução nas suas despesas de consumo em alguns dos setores em análise, destacando-se o dos eventos (74%).

Os consumidores foram ainda desafiados a classificar o nível de segurança em cada um dos setores, utilizando uma escala de 1 (nada seguro) a 10 (bastante seguro) e os resultados indicam que os consumidores consideravam mais seguros os setores de retalho não alimentar (7,27) e hotelaria (7,26), seguindo-se a restauração (6,98), eventos (6,23) e transporte/logística (4,79).

O estudo, que apresenta muitos outros dados detalhados sobre os efeitos da pandemia e a retoma, envolveu 200 clientes e 200 instituições de cada setor, num total de 1.200 empresas e 1.200 consumidores, e foi realizado entre os dias 13 de abril e 10 de maio de 2021.

Os resultados deste estudo vão estar em análise na terceira conferência do ciclo de conferências ‘Do impacto da pandemia à recuperação do negócio’, que se realiza online a 4 de novembro, às 18 horas. As inscrições podem ser feitas aqui.

 

Programa

18:00 | Os efeitos da pandemia – visão das empresas e dos consumidores | Florbela Borges (Multidados)

18:10 | Os desafios e uma nova vida para os festivais – consequências pós-Covid-19 | Ricardo Bramão (Aporfest – Associação Portuguesa de Festivais de Música

18:25 | A visão das empresas do setor | José Faísca (Arena Atlântico), Ricardo Carvalho (Futebol Clube do Porto), Sandra Faria (Força da Produção), Ricardo Acto (Rock in Rio), Miguel Seijo (Casa do Marquês) e Rui Ochôa (Event Point), na moderação.