Pandemia em terra, redução de aviões no ar

18-03-2020

Companhias aéreas anunciam constantes mudanças nas suas operações.

O setor da aviação está a ser bastante afetado pelo impacto da Covid-19. As restrições de viagens impostas por vários países, ao que se acrescenta a recente suspensão de entradas não essenciais em território europeu, e a pouca procura de viagens nesta altura levam as companhias aéreas a anunciar constantes cancelamentos de voos.

A easyJet é um desses exemplos. “Emconsequência do nível sem precedentes de restrições sobre as viagens impostas pelos governos em resposta à pandemia de Covid-19 e à consequente redução da procura por parte dos consumidores”, como se lê em comunicado, a companhia aérea anunciou novos cancelamentos, numa tomada de posição que pode implicar “a não utilização da maioria da frota easyJet”. A companhia aérea adianta que vai continuar a efetuar voos de repatriamento.

“Na easyJet, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para enfrentar os desafios da Covid-19, para que possamos continuar a garantir as vantagens que a aviação traz para as pessoas, a economia e os negócios. Continuamos a operar voos de resgate e repatriamento, onde pudermos, para levar todos para casa, para que possam estar com a família e os amigos nestes tempos difíceis”, afirma Johan Lundgren, CEO da easyJet, no mesmo comunicado, acrescentando: “A aviação europeia enfrenta um futuro precário e está claro que será necessário apoio governamental coordenado para garantir que a indústria sobreviva e seja capaz de continuar a operar quando a crise terminar.”

Também a TAP já havia anunciado medidas para minimizar o impacto económico da situação, reduzindo a sua oferta num total de 3.500 voos, o equivalente a 7% dos voos que estavam programados em março, 11% em abril e 19% em maio. A companhia aérea permite a alteração de viagens sem o pagamento das taxas de alteração em reservas feitas até ao final deste mês.

A Ryanair também está a adaptar a sua oferta e já apresentou algumas alterações à sua operação, como a redução drástica dos voos de e para Espanha, incluindo Ilhas Baleares e Canárias, até 19 de março, e para Itália, até 8 de abril. A companhia aérea espera, em abril e maio, uma redução da capacidade de assentos até 80%. A medida mais recente a ser anunciada pela Ryanair foi a eliminação da taxa de mudança de voo, sendo que os clientes só terão de pagar a diferença na tarifa.

 

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