Portugal no mapa dos eventos corporativos e de congressos

24-03-2017

É este o objectivo último da estratégia da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que esteve presente na abertura da 2ª edição do Meet@MeoArena.

É este o objectivo último da estratégia da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que esteve presente na abertura da 2ª edição do Meet@MeoArena, uma organização do Meo Arena e da Event Point. Aliás o plano estratégio a dez anos do sector identifica os eventos corporativos e os congressos internacionais como um dos activos fundamentais. Um ano depois de ter estado na primeira edição do Meet@MeoArena onde partilhou a criação de uma equipa de captação de eventos, a governante reconheceu o bom trabalho dessa equipa, liderada por Joaquim Pires, do Turismo de Portugal, que já conseguiu vários projectos internacionais para o país. Ana Mendes Godinho espera que a dinâmica actual possa levar a um efeito de arrastamento para outras regiões do país.

Mais e melhor articulação

Num painel dedicado a “Como coordenar o esforço das diversas entidades na captação de eventos para Portugal", os convidados, de uma maneira geral destacam alguma evolução no trabalho conjunto entre entidades públicas e privadas no sentido de captar mais eventos, mas acreditam que ainda há muito a fazer. Diogo Assis, da events by tlc, destacou a maior facilidade, hoje em dia, de diálogo com as entidades públicas, e apontou a premência de haver sempre canal aberto entre as empresas e o Turismo de Portugal. Já Carlos Morais, da Sisab Portugal, depara-se com vários problemas, desde os vistos, passando pela falta de apoio. O responsável reclama que seja dado o mesmo apoio às organizações nacionais que é dado às estrangeiras. Jorge Vinha da Silva, do MeoArena, reinvindica uma atitude mais mutualista, em que todos os players apostem no trabalho em conjunto, em vez de terem uma atitude de competição, cabendo ao Turismo de Portugal uma visão mais holística para o segmento. Gouveia Santos, director do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, acredita que uma das necessidades prementes para organizar o sector é a investigação. Faltam dados e números que ajudem a avaliar realidades e pensar em estratégias. Do lado do sector público, Bernardo Corrêa de Barros, da Associação de Turismo de Cascais, realça a boa articulação entre todos a nível local, mas ao reflectir no que podia ser melhorado de uma forma geral aponta a necessidade de comunicar ainda melhor. O responsável diz ainda que deve ser dada total autonomia à task-force liderada por Joaquim Pires, à qual chamou de “super convention bureau”. Joaquim Pires, do Turismo de Portugal, deu nota da importância das reuniões periódicas com os vários convention bureaux, para identificar oportunidades e problemas. Lembrou ainda que no âmbito do esforço conjunto entre a APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), a Câmara Municipal do Porto, Associação de Turismo do Porto, e o Turismo de Portugal, o país conseguiu captar os European Best Event Awards para a cidade do Porto durante os próximos dois anos.



Carlos Oliveira, da InvestBraga, e Jorge Sobrado, gestor da Viseu Marca, deram conta da realidade, em termos de turismo de negócio nas respectivas cidades, e da aposta que está a ser feita em termos de venues. Jorge Sobrado acha que se “desperdiçam oportunidades no resto do país” e que ainda não se olha com atenção para as cidades médias, como Viseu. Carlos Oliveira afirmou que o país é mais do que Lisboa, e que deve haver uma visão de país em que todas as regiões possam aproveitar.



O presidente do Turismo de Portugal, que assistiu ao evento por completo, ouviu tudo com atenção e lembrou que os problemas levantados são uma preocupação que tem todos os dias. Realçou ainda a necessidade de trabalhar mais em rede, de melhorar a comunicação e de qualificar os recursos humanos. Luís Araújo aproveitou o evento para partilhar a mais recente campanha do Turismo de Portugal #cantskipus.



Balanço positivo

Ainda a quente, Jorge Vinha da Silva, anfitrião do evento, faz um balanço “muito positivo” dos trabalhos, destacando que “fazem falta mais fóruns para que o sector possa reflectir e falar sem complexos”. O responsável realçou ainda a qualidade e actualidade do keynote speaker convidado, Kevin Jackson, da agência The Experience is the Marketing.  

Cláudia Coutinho de Sousa