Rita Marques defende intervenção europeia forte na recuperação do setor do Turismo
27-04-2020
A secretária de Estado do Turismo (SET), Rita Marques, destacou hoje a importância de um trabalho conjunto entre Estados-membros, Comissão Europeia e outras instituições da União Europeia num plano de recuperação europeu, num “espírito de inabalável solidariedade” para mitigar o impacto da pandemia, lê-se num comunicado.
Rita Marques participou, por videoconferência, na reunião de Ministros e secretários de Estado do Turismo da União Europeia e sublinhou que, não obstante a implementação dos planos de recuperação para o setor do Turismo por parte dos diferentes governos, é importante que isso seja feito de forma coordenada, com a ajuda da União Europeia.
“Temos uma responsabilidade coletiva de mobilizar todas as ferramentas para responder às necessidades do setor”, referiu a secretária de Estado do Turismo, acrescentando que a União Europeia deve reforçar os seus apoios para que seja garantido o “‘novo’ Turismo, que tem de ser mais inovador, sustentável e coeso, em linha com o Green Deal Europeu e com a Agenda Digital”.
O comunicado adianta que, para a consolidação do setor turístico como indústria líder a nível mundial, as respostas europeias também vão ter de abranger atividades indiretamente relacionadas, como os transportes, imobiliário, comunicação social, cultura e ambiente. Portugal defendeu uma estratégia de recuperação de médio prazo com ações concretas e um envelope financeiro, que deve incluir um programa para a reativação do transporte aéreo.
A secretária de Estado do Turismo disse ainda ser essencial a troca de informação entre Estados-membros e a Comissão Europeia e que os fundos sejam plurianuais para apoiar os investimentos necessários. Rita Marques afirmou ter sido possível “lançar uma Declaração Conjunta de Ministros do Turismo subscrita pela Bulgária, Chipre, Espanha, Grécia, Itália, Malta e Portugal, que (i) reforça a necessidade de a União Europeia dedicar ao Turismo um pacote de ajuda financeira robusto; (ii) defende uma atenção especial para as regiões e territórios economicamente mais afetados pela pandemia; (iii) estimula a mobilidade intraeuropeia apoiando as companhias aéreas e a definição de medidas sanitárias e de segurança comuns”.
Adianta a nota de imprensa que, em linha com a posição portuguesa, os governantes europeus defendem que “a recuperação do Turismo europeu deve pautar-se pela sustentabilidade económica e social através da inovação e da digitalização em que a Agenda Digital assume particular relevância, e da sustentabilidade ambiental através de uma economia mais limpa e circular, como é preconizado no European Green Deal”.
