Super Bock Arena: manter a personalidade, garantir o conforto
16-07-2019
Ao que tudo indica, no início de Outubro abre-se um novo capítulo na história do Pavilhão Rosa Mota e o Porto ganha um espaço para eventos moderno e confortável. Numa visita guiada aos trabalhos de requalificação do espaço, foi fácil perceber que o exterior vai manter a traça original, mas o interior sofre uma extensa remodelação. Segundo Filipe Azevedo, do consórcio que venceu o concurso público promovido pela Câmara Municipal do Porto, constituído pela Lucios e a PEV Entertainment, o objetivo foi manter a personalidade, garantindo o conforto de quem vai a um evento, e por isso “esta é uma obra muito exigente do ponto de vista da engenharia”.
Nesse âmbito destaque para o centro de congressos, que vai ocupar o piso -1, que no passado era apenas um local de arrumos e casas-de-banho, e que obrigou a uma intervenção bastante complexa. O centro de congressos vai contar com um auditório, em anfiteatro, para 500 pessoas, quatro salas com capacidade para 100 pessoas e um foyer de 600m2.
No piso 0 fica a arena propriamente dita. O espaço conta com três níveis de bancadas, sendo que o primeiro é constituído por bancadas retráteis. Estão programados 23 camarotes no segundo piso, destinados a empresas.
Um dos maiores desafios na arena foi a vertente acústica, tão importante para os mais diversos eventos. Os 768 óculos, uma das imagens de marca do edifício, vão manter-se visíveis, tendo sido colocados novos vidros, e ao longo de toda a estrutura da cúpula foi aplicada lã de rocha multicamada com mais de 40 centímetros e uma tela acústica que irá cobrir toda a área, com os devidos recortes de cada óculo. A arena será climatizada para conforto de todos. Este espaço vai poder receber eventos para 5.500 pessoas sentadas, 8 mil em pé.
O Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota conta ainda com um Food Court que vai estar disponível permanentemente, não só em dias de evento. Está previsto ainda um restaurante com vista para o lago e para os jardins do Palácio de Cristal.
Segundo Jorge Lopes, do mesmo consórcio, este era um espaço que há muito era necessário no Porto e anuncia que vai ser possível visitar o teto do edifício e ter uma panorâmica de 360º da cidade.
Cláudia Coutinho de Sousa