O que serão os eventos nos próximos dez anos…

28-06-2021

# tags: Tendências , Eventos

«A Event Point faz em 2021 dez anos. E pedimos a 11 profissionais dos eventos o exercício de pensarem no que pode ser a próxima década.»

Estamos em 2031, passaram 10 anos… continuo otimista, positiva, com sentido de humor e com energia, apesar de mais velha!!! Mas comecemos por 2021. Aconteceram mudanças radicais que surgiram de uma adaptação obrigatória. Novos produtos, novos serviços que vêm substituir os existentes fazendo os eventos acontecer de forma mais rápida e com um esforço em triplicado de aprendizagem imediata. Esta adaptação foi muito dura, a todos os níveis: equipas cansadas, trabalho exaustivo, mas com quebras de faturação acima dos 75% e muitas dúvidas de como é o nosso dia de amanhã. Estes últimos 15 meses vieram acelerar todo o processo tecnológico, mas não significa que não tenhamos que continuar a aprender novos conceitos. As equipas da iMotion são cada vez mais flexíveis, robustas a nível técnico e com uma performance cada vez mais mutável. Têm uma capacidade muito elevada de adaptação às exigências dos clientes e são experts em todas as áreas.

Durante esta pandemia andei muito de bicicleta. Fiz alguns quilómetros pela serra de Sintra toda equipada da cabeça aos pés. Subidas vertiginosas, lama, descidas igualmente agrestes (para mim claro!!!), mas foi num dia que passeava na ciclovia de Cascais (apenas com capacete e sem outras proteções), que caí para o lado e abri o joelho. Resultado: levanta, continua a pedalar porque tens de chegar ao destino, e não me livrei de um bónus de 5 pontos no joelho. Não é quando estamos mais bem preparados que acontece o que menos esperamos. Há que aprender com o erro, mas sobretudo ter a capacidade de admitir que podemos errar e ter a força para voltar a levantar, sempre de cabeça erguida.

Partilho esta história para reforçar o que penso sobre o que serão os eventos nos próximos 10 anos.

Adaptação, evolução, mutação.

Vejo os eventos mais minimalistas do que estratosféricos. O tempo é precioso, o dinheiro é precioso e por isso o investimento tem de ser feito no conteúdo direto e eficaz, na rapidez com que chega ao público e na interação que este poderá fazer com esse mesmo conteúdo. (Adaptação).

“Estima-se que 80% da população mundial – o que representará 6,4 mil milhões de pessoas em 2024 – terão uma identidade digital.” Isto significa que, sendo o presencial uma ferramenta importante e fundamental, que voltará a sair reforçada já a partir de 2022, pela necessidade de networking que o ser humano precisa, pela necessidade de socializar a comer uns belos canapés, durante os breaks das sessões, o digital veio para ficar e para complementar os eventos em áreas mais arrojadas.

Vamos ter uma coexistência permanente entre o presencial, digital e a inteligência artificial, para nos tornarmos cada vez mais próximos (Evolução). Por isso, os tempos que aí vêm são de reforço de elasticidade e aperfeiçoamento tecnológico e domínio das ferramentas criadas: realidade aumentada, avatares e hologramas.

Locais mais bem preparados para receber os oradores, e público, cenários que impressionam quem está do outro lado do ecrã e não apenas no presencial, interatividade com os participantes presentes e remotos, para tornar tudo ainda mais próximo, cenografias virtuais e reais para marcar a diferença… (Mutação).

Se hoje temos a Siri que nos ajuda a ligar para o marido, a Alexa que passa a nossa playlist de músicas ao pequeno-almoço, e a Hatsune Miku, a cantora pop em holograma 3D que vende milhares de produtos, mas já lançada em 2007, provavelmente em 10 anos fazemos um reboot à nossa história, sem esquecer a eficácia da Transformação Digital que veio tornar o ser humano mais incluso. A distância vai deixar de ser um problema e num ano em que se fala tanto e se reforça a questão da sustentabilidade, garantidamente que hoje já podemos chegar a mais pessoas, a um público maior e com menos impacto no planeta.

Nos últimos tempos estivemos sem rosto, sem expressão… espera-nos algo mais minimalista, mais perfeito e a dominar a tecnologia que estamos já a usar hoje, mas muito mais eficaz na mensagem a passar.

… E após recuperação do joelho, voltei à serra! ACREDITAR é o meu foco!

 


© Angelina Castel-Branco Opinião

Partner da iMotion

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