< Previous100 EVENT POINT | MAPA MI Para José Maia, “Vila do Conde pode e deve afirmar-se como a principal cidade satélite do Porto neste tipo de eventos e situações análogas, um pouco à seme- lhança do que acontece com Cascais em relação a Lisboa. É uma cidade com um enorme potencial para crescer ao nível dos serviços hoteleiros, onde, por norma, as pessoas se sentem muito bem”. O responsável adianta que este tipo de afirmação teria, naturalmente, “um contributo muito interessante para a economia local, auxiliando no seu desenvolvimento e crescimento”. O facto de estar “muito próximo de dois pontos estratégicos muito im- portantes no contexto dos eventos corporativos ou empresariais”, o Por- to e o aeroporto, é uma grande vantagem de Vila do Conde. Quinta do Alferes de Castro33 rd IT&CMA and 28 th CTW APAC 23 - 25 September 2025 Bangkok, Thailand // SAVE THE DATE 2025 // Participate At Asia-Pacific’s Only Doublebill Event in MICE and Corporate Travel itcma@ttgasia.com |www.itcma.com ctwapac@ttgasia.com |www.corporatetravelworld.com/apac Organised ByDestination Partner Official Technology Partner Supported By102 EVENT POINT | PASSAPORTE PORTUGUÊS PASSAPORTE PORTUGUÊS Pedro Jorge Moreira TEXTO: Cláudia Coutinho de Sousa103 ABRIL | MAIO | JUNHO 2025 Gosto da adrenalina de transformar uma ideia em realidade Com uma extensa carreira internacional, Pedro Jorge Moreira encontra nos grandes eventos uma oportunidade “para aprender e inovar”. Pedro Jorge Moreira começou a carreira a trabalhar em Gestão, e ao mesmo tempo explorando os setores da música, teatro e eventos. Considera este setor dos eventos “dinâmico e desa- fiante”. “Gosto da adrenalina de transformar uma ideia em realidade, de coordenar dife- rentes elementos – desde tec- nologia, cenografia até perfor- mance artística – e de propor- cionar experiências únicas ao público. Cada evento é um novo desafio e uma oportunidade para aprender e inovar”, conta à Event Point. Nesta área, a experiência é ampla, “trabalhei em várias áreas da produção, desde enge- nharia audiovisual à luminotec- nia, coordenação de equipas e logística, ganhando experiência em diferentes mercados e cul- turas”, refere. Mais tarde, espe-104 EVENT POINT | PASSAPORTE PORTUGUÊS cializou-se na produção executiva de eventos de grande escala, nomeadamen- te cerimónias de abertura e fecho, e outros eventos especiais. Dos inúmeros eventos em que partici- pou há alguns naturalmente marcantes. “Tive a oportunidade de trabalhar na Expo 2020 Dubai, FIFA World Cup Qatar 2022 e nos Olímpicos Paris 24, eventos de enorme complexidade e impacto global”. Estes eventos constituiram-se como “experiências transformadoras, porque exigiram coordenação multina- cional, inovação técnica e criatividade à escala máxima. O desafio de gerir equi- pas internacionais e entregar experiên- cias memoráveis para milhões de pes- soas marcou profundamente a minha trajetória”, detalha Pedro Jorge Moreira. A carreira fora de portas era inevitável, “sempre tive vontade de expandir os meus horizontes e trabalhar em projetos de maior dimensão”, afirma. Em termos de oportunidades, o profissional destaca o mercado do Médio Oriente, que “ofe- rece oportunidades únicas para quem quer crescer na indústria dos eventos”. “A multiculturalidade e a possibilidade de colaborar com algumas das maiores produções do mundo foram fatores determinantes para a minha decisão”, explica Pedro Jorge Moreira. Trabalhar noutras geografias acarreta desafios, que variam de projeto para projeto, mas “a gestão de equipas multiculturais, os prazos apertados e a logística complexa são constantes”, identifica Pedro Jorge Moreira. A adaptação à cultura e às formas de trabalho exigiu “flexibilidade e resiliência”. E por falar em desafios, o maior foi mesmo durante o FIFA World Cup Qatar 2022, em que “lidámos com restrições logísticas severas devido a tempos de entrega reduzidos e exigências técnicas rigorosas. A solução passou por planea- mento rigoroso, trabalho em equipa e adaptação constante. A comunicação efi- caz entre todas as partes envolvidas foi essencial para garantir que o evento acontecesse sem falhas”, conta. Apesar de passar muito tempo fora do país, Pedro Jorge Moreira acompanha o 105 ABRIL | MAIO | JUNHO 2025 que se faz cá, e acredita que “Portugal tem um setor de eventos com enorme talento e criatividade, mas ainda carece de investimento e estrutura para compe- tir com mercados como o Médio Oriente ou os Estados Unidos”. No entanto, “há um enorme potencial” de afirmação internacional, “especialmente no turis- mo de eventos e conferências existem já algumas marcas como o Rock in Rio, Web Summit, que apesar de não serem portugueses, tem um forte contributo de portugueses”. Pedro Jorge Moreira crê que “esse tipo de modelo tem potencial para exportar e temos alguns exemplos que já estarão maduros o suficiente para o fazer”. Aos profissionais de eventos que que- rem tentar a sua sorte nos grandes eventos internacionais, o nosso entre- vistado deixa um conselho. Devem “estar preparados para se adaptar rapi- damente, ter uma mentalidade aberta e aprender a lidar com diferentes cultu- ras. Além disso, construir uma rede de contactos sólida e estar disposto a sair da zona de conforto são fatores essen- ciais para quem quer vingar no setor dos eventos a nível internacional”, re- mata. A próxima aventura de Pedro Jorge Moreira é o Campeonato Mundial de Clubes, nos Estados Unidos. 106 EVENT POINT | ESPAÇO APECATE ESPAÇO APECATE APECATE Os desafios do novo mandato António Marques Vidal Presidente da APECATE107 ABRIL | MAIO | JUNHO 2025 A APECATE conseguiu trabalhar a diferentes níveis, dos quais desta- camos: Após mais um triénio, é altura de fazer um balanço e partilhar os desafios para o próximo mandato. Depois de três anos de trabalho intenso, é altura de os associados e o setor fazerem o balanço. Diálogo com as mais di- versas tutelas e gestores do território Mantivemos sempre um diálogo com a tutela, Secretaria de Estado do Turismo, e com ou- tras tutelas que influenciam o nosso setor como o Ambiente, Infraestruturas, Pescas, Mar, Cultura, Finanças, Banco de Portugal, CCDR’s, Marinha, ICNF, Autarquias, entre outras. A APECATE está repre- sentada em várias enti- dades do setor do turis- mo Faz parte do Conselho de Marketing da Entidade Regional de Turismo do Porto & Norte; Faz parte do Conselho de Marketing da Entidade Regional de Turismo do Centro; É Vice-Presidente do Conselho Fiscal, da Associação Regional de Promoção Turística do Alen- tejo/ Ribatejo; É sócia da Confederação do Turismo de Portugal; Membro da Comissão de Coges- tão da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto; Faz parte da Assembleia Geral das Entidades Regionais de 108 EVENT POINT | ESPAÇO APECATE Turismo: Porto & Norte, Centro de Portugal, Lisboa, Alentejo/ Ribatejo e Algarve; Membro da Comissão de Ava- liação das Estações Náuticas; Trabalha com o setor da Educa- ção/ Investigação; Estabeleceu protocolos com várias Instituições de Ensino, nomeadamente a Universidade de Aveiro, do Algarve, Lusófo- na, Europeia, Escola Superior de Desporto de Rio Maior, ISG, Escola Superior de Turismo do Estoril, Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portu- gal, KIP Colab, entre outras; Participou em vários prémios do setor, fazemos parte de vários júris: Prémios THE EVENTEERS by Event Point Prémio Nacional de Turismo - BPI / Expresso Portugal Trade Awards by Publituris Participou em várias iniciativas apoiando-as como por exemplo o Jantar dos Eventos, o Jantar MICE à mesa; Realizou os Congressos anuais, que já são uma referência para o setor do turismo, assim como promoveu várias formações sobre temas importantes como a fiscalidade, a IA, entre outras; Participou em vários projetos, nomeadamente no ordenamen- to das Grutas de Benagil, um caso de êxito que merece sem- pre destaque; Conseguiu que os eventos con- sigam recuperar os 50% restan- tes no IVA, possibilitando mais- -valias às empresas. Reforçou a equipa com a contra- tação de um Secretário-Geral. 109 ABRIL | MAIO | JUNHO 2025 Formação Para elevar a qualidade do setor, uma das apostas mais fortes deve ser a for- mação, sendo importante que finalmen- te seja aplicada a Formação Modular Certificada, assim como o RVCC para o nível 5, para os técnicos de turismo de natureza e aventura. Registo para os eventos Criação de um registo para o setor dos congressos e eventos, no âmbito da tutela do turismo, possibilitando a orga- nização do setor, assim como a sua avaliação. Melhoria e clarificação da Lei da animação turística Expurgar alguns itens que são herança e não se adequam ao conceito atual nas AT, como, por exemplo, os Seguros de Acidentes Pessoais. Alteração das Leis do Trabalho Fazendo-as ser exequíveis pelas empre- sas, nomeadamente a bolsa de horas individual. Melhorar a Fiscalidade dos Jovens para possibilitar o acesso dos jovens estu- dantes ao mercado de trabalho. Medidas Fiscais: IVA • IVA a 6% na inscrição e bilhetes para eventos e congressos (à semelhança da cultura); • Redução da taxa de IVA para IVA redu- zido (6%) na atividade de animação turística, visto que é o único setor do turismo com a taxa máxima (o aloja- mento, táxis, transportes turísticos com TP, TVDE com 6% e restauração 13%) • Dedução a 100% do IVA com combustí- veis (gasóleo e gasolina) nos setores da animação turística que utilizem viatu- ras e embarcações. • Se não para todo o setor, pelo menos para a gasolina verde, à semelhança do gasóleo verde para os OMT – é mais amigo do ambiente e menos poluente que o diesel. IRS • Dedução em sede de IRS de despesas em AT e eventos, em equivalência com outras despesas em subsetores do turismo como a hotelaria e a restaura- ção, assim como na cultura. Para obter todos estes resultados, muitas reuniões e trabalho foram feitos, mas temos a consciência de que muito trabalho ainda está por fazer. Destacamos:Next >