Protocolo de Eventos: um trabalho ‘invisível’ que ninguém quer que falhe

02-10-2023

# tags: Protocolo

Garantir o sucesso de um evento, seja ele corporativo ou oficial, é a prioridade não só de  quem o organiza como também do responsável pelo protocolo.  
O protocolo de eventos é um trabalho invisível, feito nos bastidores, que se quer que assim  permaneça. A imagem que fica de um evento - tanto para os convidados como para a opinião  pública - é determinante para uma marca, uma empresa ou até para o próprio Estado e  nenhum responsável pelo protocolo quer que o seu trabalho fique manchado pelos piores  motivos. 

Tipos de protocolo em eventos 

Protocolo empresarial e protocolo de Estado unem-se no objetivo de assegurar que um  evento decorre sem incidentes e que todos os intervenientes ficam satisfeitos com a forma  como decorreu. A flexibilidade que é permitida a um evento corporativo é, contudo, diferente  da formalidade mais vincada de um evento que envolva figuras de Estado, nacionais ou  internacionais, sujeito a normas, legislação e regras publicadas em Diário da República. 

O protocolo corporativo tem como finalidade instruir sobre a forma como as empresas se  devem comportar e comunicar em situações formais ou oficiais, abrangendo não só a  comunicação verbal e não verbal, como regras de etiqueta e conduta empresarial tidas como  adequadas.  

Já o protocolo de Estado está definido em Diário da República como “o conjunto das regras  que devem regular o cerimonial, a etiqueta e pragmática de acordo com as práticas  internacionais vigentes e as tradições e costumes do Estado Português”. 


O que é o protocolo de eventos? 

Na indústria dos eventos, o protocolo empresarial é predominante. Organizar um evento  requer muito trabalho e muito planeamento e, mesmo assim, terá sempre de contar com  imprevistos, como por exemplo a ausência de um convidado importante, mudança de venues,  entre outras alterações de última hora. 

A cada vez maior exposição mediática dos dias de hoje e a facilidade com que um incidente  infeliz vai parar às redes sociais podem em poucos minutos comprometer a imagem de um  evento que demorou semanas ou meses (e em alguns casos anos) a preparar.  

Por este motivo, os empresários portugueses estão cada vez mais sensibilizados para a  importância de terem o apoio de um especialista em protocolo que os oriente em questões  como a disposição dos lugares, configuração das mesas, ordem dos discursos, colocação  (ou não) de bandeiras e muitos outros detalhes que são determinantes para o sucesso de um  evento.  


Regras de protocolo a seguir em eventos

Numa cerimónia oficial, com a presença de altas individualidades do Estado, impõe-se a  colocação da bandeira de Portugal, a não ser que o formato da cerimónia não o permita.  

No caso de serem colocadas outras bandeiras, nomeadamente de outras nacionalidades, é  imperativo que a bandeira nacional ocupe o lugar de honra e destaque. 

Relativamente a eventos empresariais, a decisão de colocação de bandeiras depende da  imagem que a marca/empresa pretende transmitir para o exterior.  

O assentamento dos convidados é, talvez, a maior ‘dor de cabeça’ dos responsáveis pela  imagem e protocolo de um evento. Os convidados devem ser ordenados pela sua  precedência e os lugares da primeira fila devem ser atribuídos aos anfitriões e autoridades. 

Exemplo de um protocolo de eventos em Portugal 

A visita do Papa Francisco a Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude 2023  é um exemplo da aplicação do protocolo de Estado. 

A Jornada Mundial da Juventude é um evento religioso que promove o encontro de jovens de  todo o mundo com o Papa e que está por isso sob os holofotes internacionais. 

No sentido de evitar falhas e quebras de protocolo que fiquem visíveis aos olhos de todo o  mundo, o trabalho de preparação começou desde o momento em que foi conhecida a data  da vinda do Chefe da Igreja Católica, articulando três entidades: o Vaticano, o Santuário de  Fátima (como entidade anfitriã) e o Protocolo do Estado Português.  

Questões como o transporte, o alojamento e a comitiva do Papa Francisco são rigorosamente  definidas e em termos protocolares foi seguido o protocolo do Estado que o acolheu - o de  Portugal.