“Lisboa continua o seu caminho como destino preferencial para eventos internacionais”

Entrevista

09-05-2022

# tags: MICE , Lisboa , Eventos , Meetings Industry

Três perguntas a Alexandra Baltazar, convention bureau manager do Turismo de Lisboa – Visitors & Convention Bureau, sobre a retoma do setor.

Os números destes últimos meses mostram um crescimento sustentado dos pedidos e dos eventos organizados em Lisboa, que, apesar dos desafios, continua a ser um destino preferencial para eventos internacionais, como explica Alexandra Baltazar, do Turismo de Lisboa – Visitors & Convention Bureau.

Na edição de outubro passado, a Event Point ouviu convention bureaux nacionais e, já nessa altura, a responsável lembrava a “marca sólida” e bom posicionamento do destino Lisboa: “Creio que continuaremos na pole position.” E certo é que, já em 2022, se mantêm as expectativas de “bons resultados” para o resto do ano, no que toca a congressos e eventos.

Como avalia os primeiros quatro meses do ano para o destino em termos de congressos e eventos?

O 1º quadrimestre de 2022 reflete o crescimento sustentado de pedidos e eventos organizados presencialmente. Lisboa continua o seu caminho como destino preferencial para eventos internacionais. Na linha do histórico de Lisboa, voltámos a ter em abril um congresso médico, o Eccmid, com mais de 10.000 pessoas em Lisboa. Grande prova de Lisboa, com nota máxima para os nossos associados que souberam adaptar-se aos desafios, refletindo confiança, flexibilidade e know how junto dos organizadores.

Como antevê o resto do ano em termos deste segmento?

Com bons resultados. De facto, a oferta ao nível das infraestruturas para eventos não acompanha a procura.

Com a retoma, quais são os principais desafios para o destino no que diz respeito ao segmento? 

O identificado acima. Falta-nos um equipamento bem equipado, moderno, adaptável às novas exigências com capacidade para médios e grandes eventos. Lisboa continua a não ter capacidade para confirmar grandes congressos de uma forma sustentada, pela ausência de um grande equipamento versátil e competitivo. A opção de candidatarmos os dois equipamentos do Parque das Nações nem sempre é exequível, porque são dois equipamentos com as respetivas condicionantes, onerosidade, necessidade de construção de salas e insonorização, por exemplo. As cidades nossas concorrentes neste segmento, i.e. captação de grandes congressos, têm uma oferta mais estruturada.


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