APECATE regista mais de 90% de cancelamento de eventos

16-03-2020

A associação do setor dos eventos, congressos e animação turística está em contacto com o mercado.

A APECATE – Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos está em contacto próximo com os empresários do setor e revela que registou até ao momento mais de 90% de cancelamentos em eventos. A associação “está empenhada em ter um papel ativo no acompanhamento da situação e na construção de medidas de combate a este tsunami económico no setor.  Até ao dia de hoje, os dados recebidos pelos associados APECATE apontam para mais 90% de eventos cancelados, envolvendo cerca de 30 000 trabalhadores directos, sem contar com os eventuais, os conhecidos recibos verdes”, diz a entidade em comunicado.

“Queremos em primeiro lugar ouvir os empresários, ter acesso a dados que nos permitam uma análise do impacto que o setor está a sentir. Sejam associados ou não da APECATE, queremos os empresários connosco. Estamos numa situação excecional, quanto mais unidos estivermos, mais força conseguiremos dar ao setor eventos, que é um dos primeiros a ser afetado”, partilha António Marques Vidal, Presidente da Apecate.

As prioridades para a APECATE são a preservação dos empregos e manutenção das empresas abertas. “O governo tem tido grande abertura, todos os dias ouve as nossas sugestões e propostas, analisa e vai tomando algumas das medidas que avançamos.  Algumas, mas não todas. Consideramos que muitas das medidas já comunicadas poderão ainda não estar totalmente fechadas, poderão ir sendo complementadas, daí que precisemos de trabalhar diariamente”, refere António Marques Vidal. “Acreditamos que a solução passará obrigatoriamente por uma concertação entre as ideias do governo e as preocupações dos empresários”, finaliza.

Para a APECATE, é necessário esclarecer algumas medidas já anunciadas, como o caso do recurso ao lay-off  e micro crédito, por exemplo. A associação destaca algumas medidas a serem tomadas no imediato para a sobrevivência das empresas como viabilizar o não pagamento de impostos (IVA/TSU/IRS) ou adiamento do seu pagamento sem juros, já a partir de Março, abertura de linhas de crédito imediato dirigido a micro-empresas, médias-empresas e nano empresas, possibilitar períodos de carência a empresas que tenham investimentos/dívidas à banca e, por fim, colocar em formação remunerada IEFP profissionais freelancers/recibos verdes (que representam um número elevadíssimo de profissionais que fica sem qualquer apoio).

Sendo o setor dos eventos, congressos e animação turística um dos mais afetados, a APECATE acredita que estas atividades serão determinantes no arranque da economia, estando a associação já em contacto com diversos órgãos para definir estratégias de retoma, sejam campanhas de comunicação ou outras ações mais concretas como a de aproveitar espaços atualmente devolutos para a criação de espaços parar eventos.

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