APSTE critica CIM por proibir eventos em Trás-os-Montes até 30 de setembro

20-05-2021

Associação considera a decisão sem fundamento.

A CIM - Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes determinou recentemente a não autorização da realização de eventos em espaços abertos, espaços e vias públicas na região até 30 de setembro. A APSTE - Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos insurge-se com esta posição, considerando-a “sem sentido”.

“As autoridades centrais, em conjunto com outros protagonistas da cultura e dos eventos em Portugal, incluindo a nossa associação, estão neste momento bastante empenhados em tentar garantir a retoma de setores altamente afetados pelo surgimento da Covid-19, mas algumas figuras do poder local parecem mais preocupados em manter esta postura umbiguista que poderá custar milhares de postos de trabalho. Há regras, há eventos a acontecer, por isso esta decisão não tem qualquer fundamento”, afirma Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.

“Convém relembrar que, em 2018, as Câmara Municipais de todo o país investiram 469,8 milhões de euros em atividades culturais e criativas, portanto não é difícil concluir que as autarquias são um dos motores principais destas atividades. Se todas os municípios adotarem este tipo de tomadas de posição, o que será das economias regionais que estão tão dependentes do turismo, tão ligado aos eventos, durante os próximos meses e depois de um ano tão duro? O Governo tem de intervir de alguma forma, apelando ao bom senso dos 308 autarcas nacionais, sobretudo porque, tal como referi, atualmente não há motivos que justifiquem decisões tão intransigentes que serão altamente penalizadoras”, conclui o responsável.

A CIM Terras de Trás-os-Montes abrange nove dos 12 concelhos do distrito de Bragança, concretamente Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.