Camboja, um destino que vai além dos temp(l)os

04-06-2018

Os templos de Angkor Wat são a grande atracção do Camboja, mas o país tem mais para oferecer. É um destino cada vez mais receptivo ao turismo e aos negócios.

É uma das pérolas do Sudeste Asiático e é solo do famoso Angkor Wat – património mundial da Unesco; um complexo de palácios e templos, uma cidade com séculos, testemunho do império Khmer. Os templos junto a Siem Reap são a grande atracção do Camboja, mas o país tem muito mais para oferecer. É um destino que vai para além dos templos e dos tempos históricos, que se quer cada vez mais receptivo ao turismo e aos negócios.

Passear pelos templos de Angkor é andar para trás no tempo, passear por um paraíso arqueológico, quilómetros de história, caminhos que mostram o quanto a natureza é extraordinária e o quanto o Homem o pode ser também. Angkor Wat é o maior dos templos no complexo – estima‑se que tenha demorado 30 anos a ser construído. Elevado a vários níveis, o templo tem galerias cobertas, compostas por pilares desenhados, recortados com a mais fina arte, tem torres e estátuas que lhe conferem o estatuto de ‘masterpiece’ arquitectónica. O nascer do sol é um dos momentos preferidos dos turistas, que se acumulam na procura dos locais mais estratégicos para a fotografia perfeita.

Pedra sobre pedra, obedecendo a diferentes temáticas, os visitantes podem conhecer o Bayon Temple (e os seus rostos de pedra), Ta Prohm (com as suas raízes de árvore gigantes, que serviu de cenário ao filme “Tomb Rider”), Preah Khan (mais um onde a natureza se faz mostrar), Terrace of Elephants (o nome não engana) ou Banteay Srei (uma das ‘jóias’ deste complexo), entre muitos outros espaços e ruínas. Demora tempo explorar o complexo, mas é tempo ganho, sem qualquer dúvida.

 

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©Maria João Leite

 

Angkor Wat é então a grande motivação para uma visita ao Camboja. Mas o país tem mais para oferecer e foi isso mesmo que quis mostrar aquando do Cambodia Travel Mart (CTM), que se realizou em Novembro, em Siem Reap. “É um destino que se está a tornar cada vez mais popular, com os visitantes internacionais a quererem conhecer a nossa natureza e as nossas tradições”, referiu no evento Seila Hull, do Ministério do Turismo, sublinhando que “os templos são mundialmente reconhecidos, mas há muitas actividades a fazer”.

 

Atracções a Norte, Sul, Este e Oeste

A proximidade aos templos faz com que Siem Reap seja o maior centro turístico do país. E há muito para conhecer na cidade: os diferentes mercados, como o Old Market ou o Night Market; a Pub Street, com oferta de diversão, gastronomia e animação; os museus, entre os quais o Landmine Museum, onde se podem conhecer melhor as consequências do conflito no país; e outros templos, como o Wat Preah Prom Rath ou o Wat Preah Na Kau Saa, mais discretos na sua dimensão, mas intensos.

 

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©Edgardo W. Olivera

 

E havendo mais algum tempo livre, por que não ir ao circo? É um circo diferente do que o que estamos habituados. É até mais do que isso. O Phare – the cambodian circus conta histórias, tradicionais, imaginárias e modernas, com teatro, música, dança e novo circo. Os artistas são alunos do Phare Ponleu Selpak, uma associação sem fins lucrativos, formada em 1994 por nove jovens que saíram de um campo de refugiados depois da queda do regime. A associação tem como missão a resolução de alguns problemas sociais através da arte e da educação. E vale a pena uma visita.

Mais a Sul, a capital Phnom Penh faz também as delícias dos visitantes e tem bastantes atracções turísticas, a começar pelo Palácio Real. O Museu Nacional, a Silver Pagoda, os Choeng Ek Killing Fields e o Wat Phnom também compõem a oferta desta cidade vibrante, considerada em tempos a ‘jóia’ da Indochina. E também a partir da capital é possível partir à descoberta dos parques naturais existentes na região e estar em contacto com a natureza.

 

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©Steffen Korn

 

A costa paradisíaca oferece a possibilidade de desfrutar dos ‘postais’ asiáticos, mas sem a enchente de turistas que se encontram pelo resto da região. Areias brancas, águas transparentes e clima quente encontram‑se em Koh Rong ou em Koh Kong, por exemplo. Kep era o local escolhido pela realeza e por celebridades para passar férias – depois de destruída pelas guerras, está a renascer. E depois há também vida selvagem, grandes cascatas, natureza em estado puro… E negócios. Por exemplo, em Sihanoukville vive‑se muito em torno do turismo e há indústrias relacionadas com o sector das viagens.

 

Ficar com estilo a preços acessíveis

Servido por três aeroportos – Phnom Pehn, Siem Reap e Sihanoukville –, o Camboja conta com bons acessos, especialmente a partir da Ásia. Aliás, é da região que chega o maior número de visitantes (40%), sendo os chineses os que mais visitam o país. Seguem‑se os visitantes da Europa (20%), da América (9%), de África e do Médio Oriente (5%).

Só em 2017 passaram pelos três aeroportos mais de oito milhões de passageiros, sendo o turismo “a maior fonte de tráfego”, correspondendo a mais de 80%, de acordo com Nuno Costa, director de Marketing e Vendas da Combodia Airports, que também esteve presente no CTM. O turismo está a crescer, mas também cresce o segmento das viagens de negócios – 15% em Phnom Penh e 1 % em Siem Reap. A tendência de crescimento é para manter e a Cambodia Airports aposta na captação de novas companhias aéreas. Mais voos, mais pessoas chegam ao país. A todas as regiões do país. “Angkor Wat é a jóia da coroa, mas é importante diversificar”, como referiu o responsável.

O Camboja, que permite ficar com estilo a preços acessíveis está preparado para acolher os visitantes, de lazer e de negócios, os que chegam em viagens de incentivo, os que chegam em trabalho, os que procuram experiências e os que querem apenas desfrutar do melhor que a região tem para oferecer.

 

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©Sokha Siem Reap Resort & Convention Center

 

Em termos de infra‑estruturas, o país está equipado com centros de congressos e hotéis com espaços pensados para a meetings industry, como são exemplo o Diamond Island Convention and Exhibition Center, em Phnom Penh, ou o Sokha Siem Reap Resort & Convention Center e o Angkor Palace Resort & Spa, em Siem Reap.

É muita a vontade de servir o turismo, quer de lazer, quer de negócios. O Camboja é um país que proporciona experiências inesquecíveis, através do seu património natural, humano e histórico, prometendo temporadas de aventuras e de bem‑estar. É só escolher!



Maria João Leite

*Viajou a convite do CTM 2017

©Steffen Korn