Dália Palma: “A BTL tem sido reforçada a nível qualitativo”

17-02-2020

A menos de um mês de a BTL abrir portas, Dália Palma, gestora da feira, partilha com a Event Point as principais novidades do evento. A gestora explica também o novo modelo de reuniões entre hosted buyers e expositores.

O que poderemos esperar em termos de novidades na edição 2020 da BTL?

A BTL Enoturismo e a BTL Festivals são duas das grandes apostas para a edição deste ano, duas áreas temáticas que serão novidade face ao ano passado, trazendo para a área de exposição novas empresas e novas dinâmicas.

Além deste upgrade na área de exposição e com o objetivo de continuar a potenciar e aumentar o networking entre expositores e os buyers, visitantes profissionais, lançamos nesta edição uma app para agendamento de reuniões. A apresentação de novos conteúdos, com temáticas atuais e do interesse geral do sector do turismo, que serão apresentados e discutidos nas áreas do BTL Lab, BTL Cultural, BTL Festivals, BTL Enoturismo, no Palco Mundo e no auditório principal, são também uma das apostas desta edição. E por fim, o reforço dos Buyers internacionais oriundos de novos mercados dos cinco continentes com interesse em “comprar” o destino Portugal.

Na área internacional apresentamos 18 novos destinos internacionais, retornos e também presenças pela primeira vez, novas companhias aéreas e tour operadores.
Voltando ao “destino Portugal” confirmamos a presença de mais municípios que decidiram investir de forma independente ou agrupada através das CIM’s, para dar a conhecer as suas potencialidades, a sua história e costumes.

Em termos de expositores o número aumentou em relação ao ano passado?

Podemos avançar já com um aumento na área internacional, mais 28% da área ocupada, 18 novos destinos representados e a presença de mais companhias aéreas, embora ainda não seja possível apurar o número concreto, uma vez que contamos com muitas participações agrupadas.

Mas mais importante que isso é a certeza de que, mais que quantitativamente, a BTL tem sido reforçada a nível qualitativo, o que é demonstrado pelo investimento e empenho com que os expositores têm abordado a sua participação e que, depois, se reflete no network e negócios concretizados após o evento.

O que nos pode dizer sobre o programa de Hosted Buyers? Como está a correr? Que expectativa tem?

O nosso grande objetivo é aumentar a proposta de valor que entregamos aos nossos clientes, os expositores, através das leads geradas ou negócios confirmados e nesse sentido, há um esforço para trazer novos Buyers internacionais, oriundos de novos mercados dos cinco continentes com interesse em “comprar” o destino Portugal. Destacamos um grande interesse do mercado norte-americano, com a presença de buyers dos Estados Unidos da América e do Canadá. Até à edição anterior, 52% dos buyers eram originários da Europa, e um dos objetivos era aumentar a representatividade dos outros continentes, nomeadamente o continente asiático e americano.

Pode traçar-nos um perfil de hosted buyers já inscritos? Segmentos de interesse? Mercados de proveniência?

Resultado de um trabalho conjunto com o Turismo de Portugal e a TAP, teremos buyers dos principais países da Europa - Espanha, França, Alemanha, Itália, Irlanda (esta pela primeira vez), também do Reino Unido, da Polónia, dos países nórdicos… mercados emergentes, como Israel, Coreia do Sul e Japão. Do continente americano, registamos EUA, Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile e Peru.

Os segmentos de interesse são muito variados, mas sobretudo Sol e Praia, Turismo Religioso, MICE, Enoturismo e Turismo de Natureza.

Como funcionará a interação entre buyers e expositores?

O modelo de reuniões foi alterado, dentro de um conceito de speed meeting, em que a cada buyer é atribuída uma mesa com a condicionante de realizar 12 reuniões por slot, das 10:00 às 13:00 para os dias 11 e 12 de março, ficando com as tardes livres para visita à feira.

A interação será através da nossa plataforma de agendamento de reuniões, que até à edição anterior era reservada apenas para este grupo de buyers internacionais, resultado da parceria entre o Turismo de Portugal e a TAP, e que, com o lançamento da app, a interação foi potenciada para todo o visitante profissional, nacional ou internacional, promovendo reuniões e networking entre as partes.

Em termos de programa paralelo ao espaço expositivo, o que está a ser preparado?

Entre muitas ações, continuaremos a apostar no BTL Lab, com talks sobre o estado atual do sector do turismo e quais as projeções de futuro, no que à inovação diz respeito; no BTL Cultural, um espaço que será dedicado ao debate sobre os projetos culturais do país, com a participação de museus e outras entidades culturais situadas de norte a sul do país, este ano, com um convidado especial, o MoMA, que, em parceria com a Fundação Gulbenkian assinam as talks e os workshops ao longo dos cinco dias de evento. No palco mundo, no pavilhão 4, apresentamos as Magnet Talks com temas focados na distribuição em geral e nas agências de viagens e companhias áreas. Para além disso, a BTL simboliza também a promoção dos costumes e tradições do nosso país, assim como dos vários países estrangeiros representados, pelo que as animações serão uma constante, especialmente no fim-de-semana, quando a programação é inteiramente dedicada ao público.

O que será para si uma BTL de sucesso?

Perceber que criámos as condições necessárias para que os expositores atinjam os seus objetivos.

Cláudia Coutinho de Sousa