Diogo Marques: o “ano de afirmação” do EDP Vilar de Mouros

26-08-2019

Entrevista a Diogo Marques, da Surprise & Expectation. Passaram 46 mil pessoas pelo EDP Vilar de Mouros, que regressa de 27 a 29 de agosto de 2020.

No primeiro dia, as expectativas eram de que esta fosse uma das maiores edições do festival. E no final, as contas indicaram que passaram pelo EDP Vilar de Mouros 2019, que decorreu de 22 a 24 de agosto, um total de 46 mil pessoas.

Nesta edição, o festival apresentou mais espaço, um segundo palco, mais área de campismo e mais serviços a ele associados, entre outras novidades. O EDP Vilar de Mouros cresceu e este foi o “ano de afirmação”, como contou à Event Point Diogo Marques, da Surprise & Expectation, responsável pelo evento.

The Cult, Manic Street Preachers, Anna Calvi, The Offspring, Skunk Anansie, The House of Love, The Sisters of Mercy, Gogol Bordello e Prophets of Rage foram alguns dos nomes em cartaz desta edição do festival, que está de regresso ao Minho de 27 a 29 de agosto de 2020.

 

Este é um ano de viragem?

Sim, este é o nosso grande ano de afirmação. Temos aqui um projeto que começámos em 2016, que foi renascer o histórico e mítico festival de Vilar de Mouros. Estivemos a identificar o ADN do festival, como é que nos íamos posicionar, quem era o nosso público… Portanto, estivemos a conhecer, a apalpar terreno. Este foi o ano em que soubemos – mas já no ano passado percebemos isso – por onde é que tínhamos de ir, que tipo de bandas tínhamos de apostar, como é que queremos fazer deste novamente um dos maiores festivais. Efetivamente conseguimos. Apostamos num cartaz certo para o nosso público. E trouxemos, para além do nosso público, os filhos do nosso público, que cantam e tocam e se divertem com os pais. E esse é um bocadinho o nosso ADN, reencontrar na música essa união familiar.

 

Este ano há mais espaço, há um novo palco…

Este ano tudo é maior. Temos o palco Meo, que é o nosso palco alternativo, para além do palco EDP. Temos um campismo maior, temos uma restauração maior, temos muitos mais parques de estacionamento, temos mais transferes. Portanto, o festival cresceu num todo. E quando o festival cresce todas as ‘utilities’ do festival têm de crescer. O parque de campismo está muito maior, os serviços que prestamos no parque de campismo são muito melhores e muito maiores. O nosso público obriga-nos a isso. E se queremos continuar a garantir ser a escolha do consumidor – que nós somos escolha do consumidor há dois anos – temos de efetivamente satisfazer o nosso público.

 

O segundo palco tem o patrocínio da Meo. Foi importante atrair uma marca grande para este segundo palco?

Sim. Nós já tínhamos essa ambição de ter um novo palco, mas efetivamente a marca vem ajudar a concretizar esse sonho de ter mais um palco dentro deste recinto – porque temos outro terceiro palco, o palco histórico, criado em ’82 para os U2. O apoio da Meo é um apoio importantíssimo para conseguirmos satisfazer este nosso desejo e o desejo dos festivaleiros. Os tempos entre atuações são muito mais próximos, as pessoas não têm de esperar tanto tempo para ouvir um grupo ou outro e o circuito entre os dois palco faz-se em pouco tempo. As pessoas conseguem logo passar da cassete A para a cassete B e estar a divertir-se a noite toda.

 

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Há também novidades em termos de mobilidade e de responsabilidade social.

Sim. Esse é outro fator muito importante e que nós cada vez mais valorizamos. Aliás, desde a primeira edição que temos a Santa Casa connosco, a Sociedade Ponto Verde, a Valor Minho, que temos todas as entidades ambientais envolvidas, que nos candidatamos ao Selo Verde e temos sempre grandes apoios a esse nível, para satisfazer e conseguir, no fundo, pagar um bocadinho a nossa pegada ambiental. E este ano temos medidas como a reutilização das águas dos chuveiros para as sanitas, temos as bicicletas ecológicas – as pessoas podem requisitar uma bicicleta para ir passear –, temos um centro de compostagem – toda a vegetação que apanhamos na preparação do festival está nesses compositores e depois devolvemos o composto à terra. E esse é o nosso contributo ecológico.

 

E também têm no recinto um percurso de mobilidade reduzida.

Sim. Temos este percurso, desde a entrada até às plataformas tanto do palco Meo, como do palco EDP, que permite que as pessoas circulem sem qualquer problema. Está adaptado a cadeira de rodas, a pessoas com mobilidade reduzida. Para além da indicação visual, dos corações da Santa Casa pelo recinto, temos também essas passadeiras que levam as pessoas entre as plataformas.

 

Maria João Leite

©Jorge Ferreira