Direito de resposta

08-09-2017

Os organizadores de eventos sofrem imensas vezes com a falta de feedback por parte dos seus clientes ou potenciais clientes.

É angustiante não ter uma resposta a uma proposta apresentada. Independentemente de seguir todas o manual das boas práticas de vendas e de relacionamento com o interlocutor a resposta continua sem aparecer. Então qual será o problema? Porque é que as empresas não respondem? Poderíamos divagar e procurar uma série de explicações desde ordem cultural, de falta de formação, etc. Todas elas são politicamente correctas. Mas só me passam pela cabeça duas: falta de educação e falta de respeito pelo trabalho dos outros.

A maior parte das empresas são simultaneamente fornecedores / clientes. Pedimos e enviamos propostas. Aquilo que procuramos num fornecedor deve ser exactamente o que damos a um cliente e vice-versa. Por isso, quando existe um contacto a montante ou jusante mandam as regras da boa educação que exista uma resposta, positiva ou negativa. Qualquer uma delas é importante para empresa, mesmo a negativa. Às vezes passam semanas sem o cliente responder e nós sem saber porquê. Não consigo entender, como ainda a maior parte das empresas a operar no mercado ainda praticam o jogo do empata, desde não atender o telefone, adiar a resposta constantemente ou tipica resposta politicamente correcta: "estamos a analisar se se enquadra na nossa estratégia de marketing". Este é um jogo que não interessa a ninguém. Se não está interessado, basta dizer NÃO. Só traz vantagens. A empresa que contacta arquiva um assunto e não perde mais tempo, nem dinheiro, e a empresa visada deixa de ser massacrada por um comercial muitas vezes inoportuno. E, no final, todos ficam satisfeitos.

A área comercial é vital para qualquer empresa. É dispendiosa. E o mínimo que se exige é profissionalismo e respeito pelo trabalho alheio. A velha máxima "time is money" é válida nos dois sentidos.

Jorge Ferreira
Best Events