Eventos Sustentáveis: Activar a marca e contribuir para um mundo melhor

05-12-2016

Pode uma marca, através dos seus eventos, contribuir para um mundo melhor?

Pode uma marca, através dos seus eventos, contribuir para um mundo melhor? Pode. E deve! “Um equilíbrio entre a actividade económica, a responsabilidade ambiental e o progresso social” é possível e necessário, como explicou Guy Bigwood, director de Sustentabilidade do MCI Group, no ACE of M.I.C.E. Exhibition, que decorreu em Março, em Istambul.

Na conferência “Tendências e Melhores Práticas na Organização de Eventos Sustentáveis”, Guy Bigwood explicou que, com o aumento da população no mundo a cada ano que passa, a necessidade de tornar os eventos sustentáveis é cada vez maior. E essa é uma tendência que “as cidades e os consumidores” estão a exigir cada vez mais. “Há uma maior preocupação e isso cria grandes responsabilidades.”

Para o director de Sustentabilidade do MCI Group, “a marca é muito mais que um logótipo”. É importante fazer sentir que “ao comprarmos certos produtos estamos a contribuir para melhorar o mundo”. E isso na indústria MICE pode ser sinónimo de oportunidade: “usar os eventos para levar a uma nova forma de pensar” e para contribuir para a solução de um qualquer problema. Para tal, é preciso ter em conta que cada local é diferente e que por isso os problemas são diferentes.

Como exemplo, Guy Bigwood deixou a campanha de doação de órgãos “Imortal Fans”, realizada em 2012, pela Ogilvy & Mather Brasil, para os adeptos do Sport Club Recife. Através de um cartão desportivo, 51 mil adeptos aderiram à campanha e tornaram-se doadores, registando-se um aumento de 54% na doação de órgãos e a redução da lista de espera de transplantes de coração e de córnea. “Este é o exemplo de como se pode juntar a paixão de uma comunidade para resolver o problema da sociedade”, sublinhou.

A fechar, Guy Bigwood deixou algumas dicas: lembrar que “o cliente é o rei”, pois é quem escolhe onde quer gastar o dinheiro; pedir para o Turismo local recomendar fornecedores; providenciar passes ou descontos nos transportes públicos; arranjar uma empresa parceira para aprimorar a reciclagem no evento; tratar o lixo como um recurso valioso; utilizar veículos eficientes; eliminar o uso de garrafas de água de plástico; usar centros de mesa “reutilizáveis” (com ervas aromáticas, por exemplo); doar as sobras de comida; reduzir o consumo de energia; reduzir as impressões em papel; utilizar os fornecedores de comida locais (“from farm to table”); integrar uma actividade/projecto social local (realizando, por exemplo, uma recolha de vestuário); entre outras. “Rethink – Reduce – Reuse – Recycle – Report “, concluiu.

 

Maria João Leite*

*Viajou a convite do Tourism Media Group