Viagens de incentivo, uma indústria que continua a prosperar

24-10-2018

O sector dá também cada vez mais importância às relações de trabalho e ao bem-estar.

A Society for Incentive Travel Excellence (SITE), a Incentive Research Foundation (IRF) e a Financial and Insurance Conference Professionals (FICP) lançaram um primeiro estudo conjunto sobre a indústria global das viagens de incentivo – uma indústria que continua a prosperar e que dá cada vez mais importância às relações de trabalho e ao bem-estar.

O ‘Incentive Travel Industry Index’, realizado em parceria com a JD Power, foi apresentado na Smart Monday, no decorrer da IMEX America, na passada semana. O estudo, que analisa o actual estado das viagens de incentivo, envolveu mais de mil entrevistados de mais de 80 países, entre buyers (agências de incentivos e utilizadores corporativos) e fornecedores (mais de metade DMC). A maioria dos inquiridos são profissionais do sector com uma média de 17,3 anos de experiência, sendo que cerca de metade está localizada nos Estados Unidos.

De acordo com Didier Scaillet CEO da SITE, “os resultados demonstram inequivocamente que a nossa indústria continua a prosperar e a crescer”. Melissa Van Dyke, presidente da IRF, lembra que existem, contudo, “contracorrentes, como o aumento dos custos, que podem moderar o crescimento”. A responsável acrescenta: “Mais de dois terços dos organizadores estão a tomar medidas para conter custos, procurando destinos e comodidades menos caros. Felizmente, a natureza dos programas de viagens de incentivo permite que as empresas os ajustem mediante as preocupações com os custos.”

Principais destaques do estudo:

Orçamentos em alta: Mais de metade dos buyers (58%) dão conta de um aumento orçamental ano após ano. A média de gastos por pessoa mantém-se nos quatro mil dólares. Os utilizadores corporativos relataram um gasto médio maior (de 4.550 dólares) em comparação com as agências de incentivo (3.500 dólares).

Programas mais qualificados: Sessenta e cinco por cento dos buyers estão a aumentar o número de programas de incentivo qualificados, impulsionados pelo crescimento das empresas e pelo optimismo na economia.

Construção de relações: As vendas e o lucro continuam no topo das razões para a realização de um programa de incentivo, mas está a ser dada mais importância à construção das relações entre gestores e empregados, o que aumenta a produtividade e o envolvimento dos trabalhadores. Quase 70% dos buyers afirmam que os seus programas são eficazes no alcance dos objectivos de negócio. No entanto, apenas um quarto mede sempre o ROI/ROO, sendo que mais de 50% diz que essas medidas não são necessárias.

Mais destinos ‘tudo incluído’: Os destinos ‘tudo incluído’ estão em crescimento, particularmente para as agências de incentivos. Os buyers continuam a procurar a redução de custos e os vendedores procuram adicionar valor através da criatividade, inovação e parcerias. A América do Norte, as Caraíbas e a Europa Ocidental continuam a ser os destinos mais populares para viagens de incentivos. A atractividade do destino, a segurança e a relação qualidade-preço estão no topo dos critérios de selecção. As ‘fam trips’ e as reuniões com hosted buyers são as principais fontes dos buyers para conhecer um destino.

O bem-estar é o novo golfe: O bem-estar é agora uma inclusão de topo para os organizadores de incentivos. Mais de dois terços dos utilizadores corporativos incluem reuniões nos seus programas; menos de um terço das agências de incentivos o fazem.