< PreviousPAIXÃO POR ESTAR COM PESSOAS WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 50 VIDA DE EVENTOS JORGE MELO BRAGA “O QUE ME MOTIVA É A COMUNICAÇÃO” O percurso profissional de Jorge Melo Braga esteve sempre ligado à comunicação visual, desde design, publicidade, impressão offset e digital, até chegar à área de eventos. “O que me motiva, fundamentalmente, é a comunicação. O que me dá ‘pica’ é comunicar”, afirma o CEO da MeloBraga, empresa de marketing e eventos. “Tenho esta paixão de comunicar, de detalhe, de mostrar como é que são as coisas, de estar com as pessoas, pronto, esta é a grande paixão”, acrescenta. O entusiasmo constante e o ritmo dinâmico do setor dos eventos também contribuem para esta paixão. “Não é monótono. Como eu costumo dizer, tanto estamos a vender pizzas, como estamos a vender um equipamento de artes gráficas”, explica. A EuroShop, que decorre de três em três anos na Alemanha e é considerada a maior feira de comércio de retalho do mundo, é, para Jorge Melo Braga, o evento mais marcante em que já participou enquanto visitante. Enquanto expositor ou que estivesse envolvido diretamente, confessa “não ter nenhum setor preferencial”, mas destaca um evento na Exponor para o cliente Fricon, empresa que fornece soluções de refrigeração, conservação e congelação, na altura em que a MeloBraga estava a dar os primeiros passos.O “GRANDE DESAFIO” DA LOGÍSTICA Outro dos primeiros trabalhos da MeloBraga foi com as Viagens Abreu, que se traduziu na criação de corners para centros comerciais. O “grande desafio” era “criar um sistema modular de stand, um corner, que pudesse ser montado numa noite, em todo o país, e eram cerca de sete ou oito locais e 17 corners”, recorda. O calor já foi responsável por “um dos episódios mais caricatos” que Jorge Melo Braga se lembra de ter tido num evento. Recentemente, na Alemanha, a MeloBraga fez um stand em madeira dentro de tendas e, como estava um dia quente, no interior da estrutura estava uma temperatura “insuportável”. “Aquilo começou a dilatar, começámos a ter problemas com o vinil, que começou a saltar”, conta. SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO Depois de um evento, há sempre “a sensação de ‘está feito’” e “um grande prazer” por ver concretizado o que idealizou. A criatividade é a fase de trabalho preferida de Jorge Melo Braga, desde que o cliente lhes faz o briefing do evento até à realização no terreno, e fica sempre muito agradado quando os criativos o conseguem “surpreender”. Mais do que “fazer stands, trabalhos para congressos e outro tipo de eventos”, a MeloBraga “promove empresas em feiras e eventos”. Jorge Melo Braga considera que a experiência profissional que acumulou antes de criar a empresa é uma grande vantagem atualmente. “Pelo meu passado todo, conheço algumas necessidades das empresas que vão às feiras. Sei as dificuldades de uma empresa em comunicar numa feira, de se preparar para uma feira”, afirma. WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 52 VIDA DE EVENTOS O RECONHECIMENTO ASSUME UM PAPEL ABSOLUTAMENTE CENTRAL E FUNDADOR WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 54 OPINIÃO RECONHECER OU NÃO SER Reconhecer é apontar, que é como quem diz identificar, para valorizar e celebrar enaltecendo. Quando apontamos, tornamos visível e expresso o Reconhecimento, mas nem sempre assim se faz, sabemos. E porque não, quando o porque sim é tão mais evidente? Mas ele há lugares‑ contexto, onde o ego é grande e o próprio lugar pequeno, onde não sobra generosidade para o nobre acto do Reconhecimento, ou falta inteligência que o use qual fermento em receita de compromisso e motivação. De volta: não são os exemplos menos bons que aqui me importam. Nas Organizações Multinível, o Reconhecimento assume um papel absolutamente central e fundador, sendo gerador da energia, do amor, da emoção que catapultam do intangível para o concreto na forma de resultados, leia‑se vendas. Tão importante quanto o Reconhecimento é a forma que lhe assiste, tantas vezes na embalagem do que um evento pode ser e entregar. Sabe quem me conhece que acredito em magia, na efabulação e no conceito afinal. Acredito na significação e no storytelling, não como cliché atirado em apresentações corretas e bonitas polvilhadas do jargão tendência, mas porque me convenço que os olhos projetam mais do que veem, e que a imaginação é fonte do brilho inefável que os olhos (e os eventos) dizem por vezes. O evento oferece‑se como uma oportunidade de re‑significar, enaltecer ou re‑experienciar os valores, o adn‑história, a mensagem e/ou os objetivos da marca.No evento contentor‑conteúdo em que o Reconhecimento se assume central, o output é, nada mais, nada menos, do que a emoção, o carrossel que leva o auditório à exultação, mas também à comoção, à lágrima que chega na forma de redenção, frequentemente o momento clímax de uma narrativa pessoal de auto‑superação. Se os protagonistas são os reconhecidos, já a batuta cabe a quem primeiro lidera, personifica e entrega mentoria e educação, influência transformadora e ativação, inspiração e aspiração. Nesta altura, já percebe, quem aqui chegou, que me apaixonei. A propósito de um novo diferente cliente, fui cativada pela missão que visa apoiar o desenvolvimento de cada elemento‑agente‑representante‑ ‑vendedor, também, naturalmente, fornecer ferramentas, mas sobretudo dotar, quem escuta e assiste, de empoderamento próprio, da crença no auto‑talento, seja este o que for, desembocando assim no final feliz que só o amor incondicional de cada um por si próprio, num quadro colaborativo de pertença e convergência, pode lograr. Entendo ainda que na nossa realidade ‑ que são muitas, bem sei ‑ a cultura do Reconhecimento que é marca das Organizações Multinível contribui à sua escala, não tão pequena assim, para convocar um paradigma outro ‑ inabitual, digo‑o eu ‑ no qual a balança pode ser win win, no qual o sucesso do outro inspira e estimula reciprocamente, legitimando a ambição individual, no qual as conquistas alcançadas e a genuinidade são celebradas na qualidade de feitos coletivos. Mais eis que, a bem da coerência que almejo sem todavia alcançar, vou até ali reconhecer a 51ª variação de mergulho do meu filho. Tenham um bom Verão. Renata de Amaral CEO da Couture Agency WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 56 OPINIÃO TURISMO: FORÇA PODEROSA PARA O BEM WWW.EVENTPOINTINTERNATIONAL.COM 58 ESPAÇO APECATE LIDERANÇA NO TURISMO: A NECESSIDADE DE SER UM IDEALISTA PRAGMÁTICO Não há muito tempo, numa conversa sobre gestão política, empresas, liderança e impacto, falei com uma amiga sobre o idealismo pragmático. Simon Sinek tem uma citação que demonstra bem esta questão: “O pragmatismo puro não consegue imaginar um futuro audacioso. O idealismo puro não consegue concretizar nada. É a mistura delicada de ambos que impulsiona a inovação.” Pode ser uma encruzilhada filosófica. Mas acredito que estas duas posições não estão necessariamente em conflito. Em vez disso, podem complementar‑se numa abordagem equilibrada. LIDERANÇA NO TURISMO: IDEALISMO E PRAGMATISMO O turismo, como indústria global, tem o potencial de criar mudanças positivas significativas, promovendo o intercâmbio cultural, o desenvolvimento económico e a conservação ambiental. No entanto, liderar neste setor requer um delicado equilíbrio entre idealismo e pragmatismo. O PODER DO IDEALISMO PRAGMÁTICO Idealismo na liderança do turismo significa manter os mais elevados padrões éticos e lutar pela sustentabilidade, preservação cultural e interações éticas. Trata‑se de acreditar na possibilidade de um mundo melhor e trabalhar para alcançar essa visão. No entanto, o idealismo puro pode muitas vezes ignorar as restrições práticas e as realidades económicas da indústria. O pragmatismo, por outro lado, enfatiza o ser prático. Envolve tomar decisões que equilibram a viabilidade económica com Next >