Nos Primavera Sound com impacto económico de 36,1 milhões de euros

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15-06-2022

# tags: Festivais , Eventos , Porto , Nos Primavera Sound , Turismo

O impacto económico do Nos Primavera Sound para a cidade do Porto foi de mais de 36 milhões de euros e foi gerado por 100 mil festivaleiros.

Entre alojamento, deslocações e refeições, o impacto económico gerado pelos participantes nacionais e internacionais do Nos Primavera Sound 2022 ascendeu aos 36,1 milhões de euros. Só no recinto, os festivaleiros gastaram em média 136,41 euros ao longo dos três dias de evento, de acordo com o estudo realizado no recinto pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresarias e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa.

Segundo a pesquisa ‘Estudo de Públicos e de impacto económico na cidade do Porto do Nos Primavera Sound 2022’, que entrevistou 1.126 pessoas, de 9 a 11 de junho, 37% dos participantes no festival eram de nacionalidade estrangeira. Foram identificadas no recinto 33 nacionalidades diferentes, com destaque para Espanha, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Brasil, Estados Unidos da América e Suíça como os principais países de origem. Juntaram-se também às contas do impacto económico os visitantes nacionais de fora da Área Metropolitana do Porto.

Para visitantes nacionais e estrangeiros, o alojamento foi a despesa mais significativa (126,9€ por dia), com 35% dos festivaleiros escolherem permanecer em hotel, 29% em alojamento local, 18% em casa de amigos e 10% em hostel. O preço foi mesmo o fator que mais pesou na escolha da estadia de 42% do público, seguido da proximidade do recinto (25%) e da experiência anterior (13%).

As deslocações e viagens foram a segunda maior despesa para quem visitou a cidade do Porto durante os três dias de evento (67,9€ por dia). Entre os gastos, contaram-se ainda refeições (47,2€, por dia), cultura e lazer (45,3€) e compras ou presentes (42,7€).

De acordo com o estudo, 87% dos inquiridos deslocaram-se ao Porto propositadamente para o Nos Primavera Sound. Contudo, 46% queriam aproveitar a visita para conhecer o património da cidade, a animação noturna (41%) e as caves de Vinho do Porto (32%).

Dentro do recinto, o gasto médio por pessoa (residentes, visitantes nacionais e internacionais) durante os três dias foi de 136,41€, excluindo a aquisição do bilhete ou passe geral (que foi a escolha de 56,5% dos inquiridos). O valor subiu 32% desde 2019, edição em que este gasto médio diário se fixou nos 103,65€.

Este ano, o pagamento por cartão bancário foi a preferência da maioria (54,1%), tendo aumentado o pagamento por MBWay (21,7%) e meios como o Apple pay, Google pay e Crypto Wallet (5,5%). No total, os 100 mil visitantes do Nos Primavera Sound geraram um impacto global de 36,1 milhões de euros.

Vontade de regressar

Depois da paragem, por causa da pandemia, este foi o regresso de muitos a um festival de música. Para 31,2% foi o regresso ao Nos Primavera Sound, dado terem já participado em pelo menos uma edição anterior do festival; sendo que 13% nunca falharam uma edição desde 2012. Dos inquiridos, 69,8% eram estreantes e estavam a conhecer o evento pela primeira vez.

Entre os motivos que levaram os festivaleiros ao Nos Primavera Sound, a localização foi bastante valorizada com 4,34 (de 1 a 5); seguiram-se o cartaz (4,19), a reputação do festival (4,18), as bandas cabeça-de-cartaz (4,14) e a socialização (4,13).

Ao fim de contas, a avaliação global dos festivaleiros fixou-se nos 4,24 (de 1 a 5). Só no que à música diz respeito, o palco Nos recebeu o maior grau de satisfação dos festivaleiros (4,25), seguido dos palcos Super Bock (4,08), Cupra (3,90) e Binance (3,84).

O público classificou de forma positiva a localização do festival (4,55, de 1 a 5), a organização (4,25), a cenografia (4,24), os horários dos concertos (4,03) e a restauração (4,02). Também a acessibilidade (4,21), sendo que 31,62% dos festivaleiros chegou ao recinto em carro próprio. A este meio, juntam-se o autocarro (20,87%), metro (12,43%), TVDE (9,95%) e as deslocações a pé (9,24%).

O estudo acrescenta que 71% dos festivaleiros partilharam conteúdos nas redes sociais, tendo o Instagram dominado as partilhas (94%). A satisfação dos participantes – cuja média de idades aumentou dos 28.7 anos da edição anterior para os 29,9 anos – reflete-se na vontade de regressar ao festival e 72,11% querem fazê-lo já na próxima edição.