Em Tóquio, o Japão cruza‑se com o mundo
24-10-2018
Uma das principais atracções turísticas de Tóquio é um cruzamento, atravessado por um conjunto de passadeiras para peões. Na mega‑capital do Japão, com mais de 13 milhões de habitantes, turistas aglomeram‑se para ver o espectáculo diário de Shibuya Crossing, em que, diz‑se, por vezes atravessam mil pessoas de cada vez, debaixo da presença imponente de arranha‑céus coloridos e iluminados. E, claro, estando no Japão, tudo é feito de forma ordeira, com o mínimo contacto. A essência da cidade está aqui, no aglomerado de gente apressada, a caminho de um qualquer trabalho que não tem hora para estar acabado.
A capital nipónica não serve para quem gosta de espaço e sossego, ainda que por todo o lado se vejam templos e jardins bem desenhados, para ajudar os ocupados japoneses a relaxar do dia‑a‑dia. O metro apinhado é frequentemente alvo de fotos e reportagens em todo o mundo, com o foco em funcionários que, sem grande alarido, empurram os passageiros para dentro das carruagens, como sardinhas enlatadas numa caixa de fósforos. No entanto, apesar do desconforto na viagem, a cultura japonesa dita um silêncio quase sepulcral, por vezes difícil de entender para um estrangeiro desconfortável. Em Tóquio impera uma ordem desordenada que faz parte do apelo da cidade e que se alastra aos poucos momentos de lazer de um povo viciado em trabalho. Em Akihabara lojas de produtos electrónicos misturam‑se com prédios em que escadas rolantes infindáveis levam os visitantes a centenas de salas de jogos electrónicos ou a estantes a abarrotar de todo o tipo de livros de manga, animé e outras tendências.
Tóquio ostenta ainda o título de Meca mundial da gastronomia, com o melhor do sushi, ramen, okonomiyaki e outras delícias locais e internacionais. Restaurantes requintados coexistem pacificamente com pequenos espaços mais humildes, numa cidade que lidera há uma década o número de distinções do Guia Michelin. Há ofertas para todos os gostos, desde restaurantes com três estrelas, a preços exorbitantes, a locais mais acessíveis, com comida de elevada qualidade que não causa estragos na conta bancária dos muitos foodies que se deslocam à capital do Japão.
Venues para todos os gostos
Tóquio está bem equipada para receber congressos. Há pelo menos 12 venues com capacidade para eventos de grande e média dimensão, como, por exemplo, o International Forum, com 11 andares, bem no coração da cidade, com um auditório que pode receber mais de 5000 pessoas. Outra das grandes infra‑estruturas, o Big Sight, conta com várias salas espalhadas por uma Torre, com capacidades variáveis, mas que podem ultrapassar as mil pessoas. Ao lado fica o Tokyo Fashion Town, um venue versátil, que pode ser adaptado a vários tipos de eventos. Em Shibuya, o Hikarie Hall alberga duas salas de eventos, sendo que uma delas tem cerca de mil metros quadrados. A cidade conta ainda com vários espaços mais pequenos, alguns deles únicos que podem ser usados para eventos, congressos e eventos. Um jardim com 400 anos, onde se erguem edifícios tradicionais, é frequentemente palco de cerimónias. Várias embarcações estão à disposição dos organizadores de eventos e estruturas como a Tokyo Dome, o primeiro estádio coberto do Japão, que pode acomodar 55 mil pessoas, constam na lista de espaços notáveis na cidade.
Para impulsionar o sector dos congressos, eventos e incentivos, Tóquio lançou o site www.businesseventstokyo.org onde dá conta das vantagens da cidade para o turismo de negócios. Entre elas está a existência de 140 universidades e um PIB equivalente ao de alguns países, que fazem com que esteja no top das mais desenvolvidas mundialmente. Mas há dez razões, diz a mesma página, para realizar um evento na capital japonesa.
1 > Experiência e história no sector: 225 congressos organizados em 2016, sexto lugar a nível mundial.
2 > Bons acessos de todo o mundo
3 > Oferta alargada de hotéis e venues
4 > Segurança e limpeza
5 > Mistura de moderno e tradicional
6 > Gastronomia
7 > Hub académico e de negócios asiático
8 > Óptimo serviço e organização
9 > Apoio forte do governo local
10 > Profissionais locais de qualidade
Alexandra Noronha